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23/01/2025 às 12h34min - Atualizada em 23/01/2025 às 12h34min

Os invisíveis: um retrato do quotidiano dos catadores do lixão de Colinas do Tocantins

Por Iara M. Coelho de Castro - Correio do Tocantins
José Francisco dos Santos (Cazuza) trabalha no lixão de Colinas há 30 anos

No Brasil, acredita-se que 80% dos municípios depositem seus dejetos em lixões a céu aberto. Esses depósitos poluem o solo, e o lixo queimado, o ar.

O Sr. José Francisco dos Santos (Cazuza) trabalha no lixão de Colinas há 30 anos, acorda cedo e toma o mesmo rumo, pertinho de casa - lixão da cidade, em Colinas do Tocantins.

Ele sabe dos riscos que corre ao viver do lixão, onde todo tipo de material tóxico pode ser encontrado, mas não vê alternativa: o salário mínimo que recebe da aposentadoria não dá pra pagar as despesas e viver tranquilamente. Então é vendendo os recicláveis que ele consegue suprir todas as necessidades, criou todos os filhos na mesma labuta diária. E alguns de seus filhos e netos, trabalham também como catadores.


 

É absolutamente necessária a valorização dos trabalhadores que atuam no processo de coleta de materiais recicláveis e a implantação de políticas públicas condizentes com a importância desses profissionais na cadeia da economia sustentável, em especial programas de assistência, promoção social e de saúde. A participação dos catadores no processo de coleta seletiva, além de gerar empregos e renda, traz um benefício direto para o meio ambiente, pois reduz a quantidade de resíduos sólidos despejados nos lixões urbanos e aterros sanitários, permite o reaproveitamento de materiais gerando novos produtos, e causam menos impacto na natureza, em especial ao solo.




 

“Para mim é essencial contribuir com projetos que levem assistencialismo e um pouco de dignidade para os trabalhadores do lixão, pessoas essas que são praticamente invisíveis para a sociedade", ressaltou Iara Castro, presidente da Associação Amor ao Próximo Colinas.


Pesquisas e estudos que tratam da vulnerabilidade social dos catadores (as) e coletores (as) indicam que são muitos os fatores que contribuem de forma negativa para a exclusão social dessas pessoas, como a baixa escolaridade e o valor comercial dos produtos coletados para reciclagem, bem como a falta de políticas públicas na maioria dos municípios, dentre outros. Tudo isso mostra que a discriminação aumenta a desigualdade, anula as oportunidades de acesso a qualidade da educação, oportunidade de trabalho e emprego, enfim, a negação dos direitos humanos e sociais.

Por isso, justifica-se a relevância de apresentar uma reflexão sobre vulnerabilidade social, cidadania e defesa dos direitos dos catadores (as) de materiais recicláveis e coletores (as) de lixo domiciliar urbano no Brasil.

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