26/02/2022 às 11h25min - Atualizada em 26/02/2022 às 11h25min

Saúde alerta para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis no Carnaval

População precisa ficar atenta, pois, em 2021, houve aumento significativo no número de casos de DSTs no Estado

População precisa ficar atenta, pois em 2021 houve aumento nos casos de DSTs no Estado - Foto: SES/Governo do Tocantins

Na véspera do feriado de Carnaval, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), por meio da Gerência de Doenças Transmissíveis (GDT), alerta a população sobre a necessidade de prevenção de infecções/doenças sexualmente transmissíveis durante o período de recesso prolongado.

A assessora técnica das ISTs/Aids e Hepatites Virais, Márcia Brito, ressalta que o Programa Estadual das ISTs/Aids e Hepatites Virais distribuiu aos municípios nos últimos três anos (2019, 2020 e 2021) 152.770 unidades de preservativos femininos, 7.836.791 unidades de preservativos masculinos, contribuindo com a prevenção e o controle das ISTs/Aids e hepatites virais.

Já nos meses de janeiro e fevereiro de 2022, foram distribuídos aos municípios 16.060 preservativos femininos e 367.056 de preservativos masculinos. Além disso, também foram distribuídos Testes Rápidos para HIV, Sífilis e Hepatites Virais B e C, oportunizando diagnóstico no território do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). Ressalta-se que a camisinha é a forma mais simples de proteção e de fácil acesso uma vez que os preservativos são distribuídos gratuitamente pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o Estado. Vale ressaltar que a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), Hepatite B e HPV, pode ser feita com a vacinação disponível nas UBS.

DST no Tocantins

Segundo dados disponibilizados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde (MS), em 2020, foram notificados 261 casos de HIV e, em 2021, foram 278; já os casos de Aids, em 2020, foram confirmados 81; e em 2021, 110 casos.

É necessário esclarecer que a denominação Aids refere-se a Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV) e que possuem alguma manifestação clínica relacionada ao vírus, ou seja, encontra-se doente e só foi diagnosticada nessa fase da infecção. Já os casos de HIV são de indivíduos que foram testados positivos para HIV, porém estão assintomáticas.

Também foram divulgados pelo Sinan os casos de Sífilis congênita: em 2020, foram 211 casos; em 2021, esse número subiu para 265. Outra doença considerada infecção sexual transmissível foi a Hepatite B que, em 2020, teve registro de 43 casos; e em 2021, 82, com aumento significativo. A hepatite C também teve aumento, em 2020, foram 26; e em 2021, 36 casos. 

Faixa etária com mais casos de HIV e Aids

Após análise feita pela equipe da Gerência de Doenças Transmissíveis, foi verificado que a faixa etária com mais casos de infecção pelo HIV encontra-se na faixa de 15 a 34 anos. Em 2020, foram confirmados 185 casos de HIV neste público; em 2021, foram 215. Já sobre a Aids, houve registro de 46 casos em 2020 e 47 em 2021.

Os resultados apontam que o uso do preservativo não é consistente entre os mais jovens, mesmo sendo elevado o conhecimento sobre as formas de prevenção ao HIV.


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