19/07/2023 às 15h42min - Atualizada em 01/08/2023 às 19h30min

A relevância do planejamento sucessório sob a ótica societária

As sociedades que buscam longevidade precisam investir em um planejamento sucessório estratégico com foco na estruturação do negócio

- Correio do Tocantins
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A dinâmica atual do ambiente corporativo exige que as empresas, independentemente de seu porte ou setor de atuação, estejam preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do mercado. Nesse contexto, regular adequadamente as relações entre os sócios deve ser uma prioridade, principalmente quando se trata da estruturação de empresas familiares. Uma sucessão mal planejada pode resultar em conflitos entre herdeiros, sócios e acionistas, impactando diretamente a saúde do empreendimento. 

Isso ressalta a importância do planejamento sucessório como um elemento crucial da governança corporativa, cujo objetivo é garantir a continuidade dos negócios a longo prazo, mesmo diante de possíveis mudanças na gestão ou na estrutura societária. Ao estabelecer um plano efetivo de sucessão, os líderes e gestores da organização podem mitigar riscos, evitar conflitos e preservar o legado da empresa, assegurando sua prosperidade futura. De fato, o campo do Direito Societário oferece excelentes oportunidades para estabelecer uma atuação segura do ponto de vista jurídico, com condições ideais para o desenvolvimento das atividades empresariais. 

  

O planejamento sucessório e a Constituição de Sociedades 

O planejamento sucessório é um processo estratégico que busca garantir a transmissão patrimonial e a gestão da empresa de forma organizada e estruturada. No âmbito do Direito Societário, a Constituição de Sociedades desempenha um papel jurídico fundamental na preparação para a administração do patrimônio no futuro. 

A criação de holdings familiares é uma forma eficiente de incorporar o patrimônio familiar e estruturar os negócios de maneira mais adequada. Através da constituição societária de uma holding, é possível reduzir a carga tributária e facilitar os processos sucessórios em um inventário, garantindo a continuidade dos negócios mesmo durante períodos de transição. 

A Constituição de Sociedades também permite que os empreendedores estabeleçam as regras de administração da empresa, como a tomada de decisões e a distribuição de lucros, de forma clara e objetiva. Isso evita possíveis conflitos entre os sócios, garantindo uma gestão mais eficiente e orientada para resultados. 

  

Personalização dos instrumentos societários 

Os instrumentos societários são documentos que regulam e estabelecem as regras e normas para a constituição e administração de uma sociedade empresarial. Eles são essenciais para formalizar as relações entre os sócios e definir as responsabilidades decorrentes das obrigações da sociedade. Entre os principais instrumentos societários estão o contrato social, que estabelece as bases da sociedade e as relações entre os sócios; o estatuto, que define a estrutura e o funcionamento da empresa, bem como as atribuições dos órgãos internos; e os acordos de acionistas, que regulamentam as relações entre os acionistas, seus direitos e deveres na sociedade. 

É importante ressaltar que a elaboração dos instrumentos societários requer não apenas precisão na resolução das questões técnicas, mas também personalização para atender às necessidades específicas de cada sociedade. Isso garante a segurança jurídica e a saúde dos negócios. Esse aspecto crucial na elaboração desses documentos permite a criação de um ambiente saudável e promove a escalabilidade do negócio. 

Para concluir as ideias apresentadas neste artigo, reitero que o planejamento sucessório é uma ferramenta estratégica fundamental para garantir a continuidade dos negócios. Sob a perspectiva do Direito Societário, a elaboração de instrumentos personalizados é essencial para regular as relações entre os sócios e as responsabilidades decorrentes das obrigações da sociedade, preenchendo todas as lacunas nas relações societárias. O planejamento sucessório vai além de um mero procedimento burocrático; trata-se de um plano estratégico para proteger a saúde do negócio a longo prazo. 

 

*Ludwig Lopes é Sócio e responsável pela área Cível e Empresarial no FNCA Advogados. LLM e especialista em Direito Empresarial, possui mais de 11 anos de atuação no mercado, com grande atuação na área, em questões consultivas e de contencioso.     

 

 


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