Com um aumento expressivo no número de casos em todo o país, crescimento no número de mortes e criação de hospitais de campanha para atender os pacientes com casos da doença, a dengue vem se tornando uma preocupação cada vez maior por parte das autoridades de saúde. Enquanto a vacina contra a dengue ainda deve estar restrita à rede privada de saúde, os especialistas dão mais detalhes e oferecem dicas sobre como tratar da doença e como se cuidar.
A infectologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Vanessa Truda, destaca que os sintomas podem variar muito. A doença pode se manifestar desde uma forma assintomática até formas mais graves com hemorragia e choque, até casos de óbito.
“Os sintomas mais frequentes são febre, dores musculares e dor de cabeça. Em menor escala, os sintomas mais reportados nos casos confirmados são náuseas e vômitos, dor nas costas, dor no fundo dos olhos, dores nas articulares e manchas vermelhas pelo corpo”, destaca ela.
Os sintomas geralmente aparecem entre 3 a 5 dias. Segundo a especialista, o primeiro sintoma é a febre alta de início repentino que pode durar de 2 a 7 dias. Além disso, pode estar acompanhada de dor de cabeça, dores no musculares e articulares, fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas.
“Após o declínio da febre (entre o 3º e 7º dia), a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. Porém, algumas situações podem evoluir para as formas mais graves da doença, iniciado os sinais de alarme”, alerta.
De acordo com a médica, é necessário buscar assistência médica imediatamente na presença de sinais de alarme: aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos em mucosas (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes.
Por não haver um tratamento específico, o ideal é manter uma hidratação adequada e medicações para o controle dos sintomas.
“A recomendação para os casos sintomáticos leve é: repouso relativo, no período da febre; estímulo à ingestão de líquidos, administração de analgésicos como dipirona ou paracetamol em caso de dor ou febre; não utilizar AAS em casos suspeitos ou confirmados; observar atentamente os sinais de alarme e caso estejam presentes, buscar um serviço médico imediatamente”, finaliza Vanessa.