11/03/2022 às 15h10min - Atualizada em 11/03/2022 às 15h10min

Primeira edição do Projeto Fênix leva atendimento às mulheres vítimas de violência em Araguaína

O objetivo foi conscientizar às mulheres vítimas de violência doméstica a procurarem a Polícia Civil para fazer a denúncia

- Correio do Tocantins
Delegadas Sara Lilian e Ana Varjal durante palestra do Projeto Fênix. - Foto: Luiz de Castro/DICOM-SSP-T

Durante a semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a 3ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM - Araguaína) realizou a primeira edição do Projeto Fênix. O objetivo foi aproximar a Polícia Civil das mulheres, que vivem nos bairros do município com maior índice de violência doméstica, além de conscientizar a comunidade sobre a importância da denúncia e do fortalecimento da rede de proteção à mulher que sofre violência.

 

No bate papo que contou com a participação da delegada regional de Araguaína, Ana Maria Varjal, da delegada da 3ª DEAM, Sara Lilian e do comandante do policiamento urbano da Polícia Militar em Araguaína, tenente Guedes, as mulheres puderam dividir e compartilhar experiências de vida. “Eu não tinha coragem de denunciar, sofri violência psicológica por parte do meu ex-companheiro e fui salva por uma vizinha que abriu a porta de sua casa para me amparar, mas continuei sofrendo ameaças de morte a ponto de ter que fugir de casa e me mudar para diferentes Estados, vivi por anos fugindo. Hoje sou grata pela vida das pessoas que me deram suporte para sair do ciclo de violência que eu sofria”, contou a advogada, que hoje defende a Comissão da Mulher Advogada da OAB, subseção de Araguaína, Maristela de Sousa Lima. 

 

As delegadas explicaram que a violência, dentro do contexto familiar, ainda é considerada por uma parcela da sociedade como aceitável e normal. “Todos os dias presenciamos vários casos em que a mulher retira queixa no dia seguinte à agressão.  Nós da Polícia Civil do Tocantins estamos aqui para atender a mesma mulher mil vezes se for necessário com dignidade, porque o ciclo de violência só é quebrado quando essa vítima se empoderar e tomar consciência de seus direitos”, reiterou Ana Maria Varjal.
 

De acordo com a delegada Sara, Araguaína é o município do Tocantins com maior número de cumprimento de medidas protetivas de urgência. “A violência contra a mulher é complexa porque não é como um roubo que nunca mais você vai ver o autor, na violência doméstica o agressor está dentro de casa e a mulher precisa conviver com esse homem que muitas vezes é o pai dos filhos dela e o seu companheiro”, explica. 
 

O tenente Guedes explicou, que os casos de violência doméstica na cidade geralmente aumentam no domingo à noite e o consumo de álcool está associado na maior parte das vezes. “O abuso do álcool no ambiente familiar acaba sendo um grande motivador da violência contra a mulher, além da cultura machista que ainda são os maiores fatores influenciadores nesses casos”, relatou. 

Atendimento à comunidade 

O atendimento teve início na terça-feira, (8), na Escola Luiz Gonzaga, e na quarta foi a vez da Escola Adolfo Bezerra de Menezes. Nos três dias foram oferecidos serviços de registros de Boletim de Ocorrência, solicitação de Medidas Protetivas e o Núcleo de Identificação realizou a emissão de Carteira de Identidade. Em parceria com órgãos do município também foram ofertadas assistência odontológica, agendamento de exames e consultas, vacinação, inclusão no Cadastro Único, emissão da Carteira do Idoso, e atendimento jurídico por meio do Escritório Jurídico da faculdade ITPAC.


















Advogada Maristela de Sousa Lima dá depoimento durante Palestra da Delegacia da Mulher.
 


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