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Advogado sobrinho do governador Wanderlei Barbosa é preso em operação que investiga vazamento de decisões judiciais

Procurador de Justiça do Ministério Público do Tocantins foi alvo de buscas da Polícia Federal. Operação foi autorizada pelo ministro do Superior Tribunal Federal Cristiano Zanin.

- Correio do Tocantins
18/03/2025 09h33 - Atualizado há 18 horas
3 Min

Na manhã desta terça-feira (18), a Polícia Federal prendeu o advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, assessor jurídico do Ministério Público do Tocantins (MPTO), durante uma operação que investiga o vazamento de decisões judiciais. A ação também teve como alvo de buscas o procurador de Justiça Ricardo Vicente da Silva. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sob autorização do ministro Cristiano Zanin.

A operação é um desdobramento da Operação Sisamnes, que apura crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional, corrupção ativa e passiva. Segundo a Polícia Federal, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento e comercialização de informações sigilosas relacionadas ao andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O vazamento desses dados teria prejudicado o andamento de diversas operações policiais.

Thiago Marcos Barbosa de Carvalho atua no gabinete do procurador Ricardo Vicente da Silva e é sobrinho do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), que não é investigado no caso.

As investigações tiveram início em 2023, após a polícia encontrar mensagens no celular de um advogado assassinado no estado de Mato Grosso. O conteúdo das mensagens indicava a existência de um possível esquema de compra de sentenças. O caso foi levado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que solicitou a atuação da Polícia Federal.

Além dos mandados de prisão e busca e apreensão, o STF determinou medidas como afastamento de funções públicas, proibição de contato entre os investigados, restrição de saída do país e recolhimento de passaportes.

Em nota, o Ministério Público do Tocantins informou que ainda não teve acesso à decisão do STF que autorizou a operação e, por isso, não irá se manifestar no momento.

A defesa dos investigados ainda não se pronunciou sobre o caso.

Nota do Ministério Público do Tocantins

O Ministério Público do Tocantins informa que, até o momento, não teve acesso à decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, que determinou a operação realizada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (18) em desfavor de um procurador de Justiça e de um assessor. Diante disso, a instituição não irá se manifestar neste momento.
 


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