A passagem do vereador Carlos Amastha (PSB) pela Secretaria Municipal da Zeladoria Urbana de Palmas chegou ao fim nesta quinta-feira, 24, com sua exoneração oficializada no Diário Oficial do Município. A saída do cargo ocorre em meio a um evidente desgaste com o prefeito Eduardo Siqueira Campos (Podemos), que reassumiu o comando do Paço há uma semana, após decisão do STF.
Embora a conversa entre os dois estivesse prevista para a última segunda-feira, 21, ela só foi possível nesta quinta, pouco antes da publicação do ato de exoneração. O encontro não foi suficiente para reverter o clima de desconfiança que se instalou durante a ausência de Eduardo, quando o vice-prefeito Carlos Velozo (Agir) ocupou interinamente a cadeira de chefe do Executivo.
Fontes do Paço relatam que o prefeito não digeriu bem os gestos de aproximação de Amastha com figuras ligadas ao governo interino, em especial o pastor Amarildo Martins, considerado conselheiro e homem forte da curta gestão de Velozo. Somam-se a isso movimentações, negadas por Amastha, de ex-integrantes de sua antiga gestão municipal que teriam se engajado em articulações com o novo núcleo de poder durante os dias de transição.
O vereador classificou tudo como "fuxico", desautorizando as ilações de bastidores. Ainda assim, o prefeito Eduardo Siqueira não se convenceu das explicações e decidiu encerrar a breve colaboração administrativa com o ex-prefeito.
Com a exoneração, Amastha retorna à Câmara Municipal, onde reassume sua cadeira de vereador. O episódio expõe mais uma rachadura nas costuras políticas do governo e envia um recado claro do prefeito: lealdade institucional não admite zona cinzenta.