Marias e Josés seguem dominando os registros de nascimento no Brasil, aponta IBGE

Redação - Correio do Tocantins
04/11/2025 11h44 - Atualizado há 1 semana
3 Min

O Brasil é, acima de tudo, um país de Marias, Josés, Silvas e Santos. A nova ferramenta “Nomes do Brasil”, divulgada nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela um retrato curioso e afetivo da identidade nacional. Segundo o levantamento, de cada cem brasileiros, seis se chamam Maria. São 12,3 milhões de pessoas que carregam o nome mais popular do país.

Em seguida, aparecem os Josés, com 5,1 milhões de registros, tornando-se o nome masculino mais frequente no território brasileiro.

Os nomes do Brasil

A pesquisa mostra que os Silvas continuam dominando os sobrenomes: 34 milhões de brasileiros o equivalente a 16% da população, trazem esse nome de família. Em seis cidades de Pernambuco e Alagoas, os Silvas são mais de 60% da população. Já os Santos aparecem em segundo lugar, com 21,3 milhões de pessoas, seguidos por Oliveira (11,7 milhões) e Souza (9,1 milhões).

No caso dos nomes femininos, o ranking é liderado por:

  1. Maria – 12.224.470

  2. Ana – 3.929.951

  3. Francisca – 661.582

  4. Julia – 646.239

  5. Antonia – 552.951

  6. Juliana – 536.687

  7. Adriana – 533.801

  8. Fernanda – 520.705

  9. Márcia – 520.013

  10. Patrícia – 499.140

Entre os nomes masculinos, o levantamento aponta:

  1. José – 5.141.822

  2. João – 3.410.873

  3. Antônio – 2.231.019

  4. Francisco – 1.659.196

  5. Pedro – 1.613.671

  6. Carlos – 1.468.116

  7. Lucas – 1.332.182

  8. Luiz – 1.326.222

  9. Paulo – 1.326.222

  10. Gabriel – 1.201.030

Marias em todo canto

O nome Maria mantém presença dominante de norte a sul do país. Em cidades do Ceará, como Morrinhos e Bela Cruz, 22% da população feminina leva o nome. O levantamento ainda mostra que o auge dos nascimentos de Marias ocorreu entre 1960 e 1969, período em que 2,5 milhões de meninas receberam o nome. Já entre 2020 e 2022, esse número caiu para 517 mil, sinalizando a transformação dos hábitos de batismo ao longo das gerações.

Os novos nomes do século 21

Enquanto nomes tradicionais perdem espaço, outros despontam com força. O IBGE identificou uma ascensão vertiginosa de nomes modernos como Gael, Ravi e Valentina, principalmente a partir de 2010. O nome Gael, por exemplo, teve apenas 763 registros na primeira década do século, mas entre 2020 e 2022 foram 96,5 mil nascimentos.

O estudo abrange mais de 140 mil nomes e 200 mil sobrenomes, baseando-se na população registrada até 1º de agosto de 2022, data de referência do Censo Demográfico 2022.

Identidade e diversidade

A ferramenta “Nomes do Brasil” permite consultar a ocorrência, idade mediana, distribuição geográfica e período de popularidade de cada nome e sobrenome. Nela, o IBGE não faz distinção entre sinais gráficos, como Tamara e Tâmara, mas diferencia nomes com grafias distintas, como Ana e Anna, Luís e Luiz.

Mais do que uma simples lista, o levantamento revela a história cultural e afetiva do país, onde nomes se tornam memória e pertencimento, ecos de fé, família e tradição que atravessam gerações e continuam a formar a identidade de um povo chamado, com razão, Brasil.

 

 


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