Falta de medicamentos, de médicos e enfermeiros foram alguns dos problemas encontrados em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da região sul de Palmas vistoriadas pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) nesta terça e quarta-feira, 18 e 19.
Na UPA Taquaralto, a maior reclamação de servidores e usuários é o fato de a unidade não funcionar 24 horas. “Adesivos e placa dizem que a UPA é 24 horas, mas se chegamos aqui depois das seis da tarde, está tudo fechado. Além disso, o remédio que o meu médico me passou hoje não tem aqui, vou ter que comprar fora”, informou a paciente Mirian de Fátima Vieira, que tinha nas mãos uma receita de cetoprofeno, mas o remédio estava em falta na farmácia da unidade.
O Promotor de Justiça que atua na área da saúde, Thiago Ribeiro, percorreu toda a estrutura do local. No laboratório, ouviu relatos sobre a demora para a entrega do resultado dos exames. Servidores explicaram que apenas a coleta é realizada na unidade e, depois, o material é encaminhado para a UPA Sul, que também já tem uma alta demanda de atendimento.
O Raio-X só funciona de segunda a sexta-feira e a unidade tem carência de mais dois médicos e dois enfermeiros. Faltam ainda medicamentos, soro, computadores, ar-condicionado e adequações no quarto de repouso dos plantonistas.
Falta de medicamentos também foi observada na unidade de atendimento à saúde de Taquaruçu. Servidores apontaram a carência de multivitamínicos, zinco, amoxicilina infantil, entre outros. Também reclamaram da baixa quantidade disponível de alguns remédios básicos, como dipirona.
Segundo o promotor de Justiça, será elaborado um relatório das vistorias e com base nos apontamentos, será requerido ao Município que apresente justificativas e soluções para as diversas situações encontradas.