Após a Justiça decretar a prisão preventiva do vereador de Itacajá Wellington Carneiro Nunes (PTB) por descumprimento de medida protetiva, a Polícia Civil faz buscas para tentar localizá-lo. Ele responde processo por violência doméstica e as medidas foram deferidas pelo judiciário em junho deste ano.
De acordo com parecer do Ministério Público, a vítima é ex-companheira do vereador. Ela teria recebido ameaças de morte, mensagens com difamação além de perseguição por parte do parlamentar em 2020. O g1 tenta contato com a defesa do vereador.
O vereador foi informado pela Justiça sobre a medida protetiva em favor da vítima no dia 8 de junho. Ele não poderia se aproximar a 200 metros da vítima, manter qualquer tipo de contato com ela ou com os familiares da vítima, ou ainda frequentar os mesmos locais.
Mas mesmo assim, ele teria tentado se aproximar e agredir a mulher no parque de vaquejada da cidade. Na ocasião, precisou ser contido por populares. A vítima alegou à Defensoria Pública, segundo o documento do MP, que teme a situação e se sente desprotegida por causa da insistência de Wellington e pela influência que ele teria na comunidade.
O despacho assinado pelo juiz Océlio Nobre da Silva na sexta-feira (6), atendeu a representação do Ministério Público e decretou a prisão do vereador pelo descumprimento da medidas que determinavam o afastamento do homem com relação à vítima.
“Necessária, pois, a prisão preventiva do agressor – que simplesmente ignorou as obrigações que lhe foram anteriormente impostas pelo Poder Judiciário -, de modo a evitar a banalização e reiteração criminosa e a impedir o sentimento de – que naturalmente surge ante a inércia estatal em casos semelhantes”, destacou o magistrado em trecho da decisão.
A Polícia Civil informou nesta terça-feira (10) que as buscas para cumprimento do mandado começaram na manhã de sábado (7). Entretanto, o vereador não é visto na cidade desde esse dia, e está sendo procurado pela autoridade.
A Câmara Municipal de Itacajá foi questionada sobre o mandado de prisão do parlamentar da Casa e informou que não tem nada a declarar. "Não temos informações sobre o ocorrido", disse.
A reportagem também tentou contato com o próprio vereador por telefone, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.