Um técnico de informática está sendo investigado pela Polícia Civil após supostamente invadir as redes sociais de uma cliente e procurar amigos dela tentando simular relacionamentos extraconjugais. A suspeita é que ele pretendia extorquir as vítimas.
O caso está sendo investigado pela Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC - Palmas). Nesta quarta-feira (3) foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços do suspeito. A operação foi chamada de “Freeloader” – em português, “aproveitador”.
A investigação começou depois que a vítima, uma mulher, procurou à polícia informando que seu perfil em uma rede social estava sendo acessado por alguém, que estava tendo acesso às suas conversas na plataforma.
Segundo a polícia, o criminoso interagia com os amigos da vítima a partir do chat e quase sempre com a mesma abordagem. Ele se passava pela mulher e revelava falsamente que estariam mantendo um relacionamento extraconjugal.
O objetivo seria simular a traição para, posteriormente, viabilizar algum tipo de extorsão.
A investigação também apontou que além de invadir as redes sociais e obter as comunicações privadas da vítima, o técnico ainda estaria se passando pela mulher no WhatsApp, tendo a mesma interação com os contatos dela.
Técnico investigado
Ao procurar a delegacia a vítima contou que suspeitava do técnico de informática em que tinha levado seu notebook para uma manutenção de rotina.
“Segundo ela, tão logo o dispositivo retornou dos serviços de assistência técnica, as interações e acessos criminosos se iniciaram. Assim, com o aprofundar das investigações, a suspeita foi confirmada”, contou o delegado Lucas Brito Santana.
Durante o cumprimento dos mandados foram apreendidos diversos dispositivos que serão periciados. O delegado alertou sobre os cuidados antes de encaminhar computadores, notebooks e celulares para a assistência técnica.
“Orientamos que, antes, sejam feitas cópias de segurança dos arquivos importantes e/ou sensíveis em outro dispositivo. Também é importante atenção especial com os perfis em redes sociais, cujas sessões devem ser encerradas, a fim de que não sejam indevidamente acessadas por terceiros”, disse.