Na noite de quinta-feira, 9, após receber uma denúncia anônima, a Polícia Militar do Tocantins interceptou uma carga clandestina com material explosivo no terminal rodoviário de Palmas. A carga sem nota fiscal, pesava aproximadamente 1 tonelada, sendo 650 quilos de emulsão encartuchada, 4 rolos de cordel detonante de aproximadamente 170 quilos, além de 200 unidades de espoletas e 1 máquina perfuratriz utilizada para perfuração de rochas.
De acordo com a denúncia, a carga com explosivos havia chegado em um ônibus e estava armazenada em uma transportadora. Imediatamente uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope), deslocou-se ao local indicado e descobriu que a carga havia sido embarcada na rodoviária de Lagoa do Dionísio-BA com destino a Redenção-PA.
A perícia foi acionada e posteriormente, toda a carga e os responsáveis pelo recebimento do material na transportadora, foram conduzidos à Delegacia de Polícia para continuidade das investigações.
O transporte dessa carga explosiva precisa estar de acordo com as normativas da ONU e do Ministério do Transporte para produtos perigosos e o transporte deve ser realizado em veículo adequado, com as classificações de risco e ainda armazenado de forma regular. Além disso, a carga precisa possuir a nota fiscal e a guia de tráfego onde é descrito: a origem, o transporte e o destino do material.
Neste caso denunciado, a quantidade de explosivo transportado representava risco em potencial para as pessoas e o patrimônio. Pela forma de armazenamento, o risco de explosão era iminente, uma vez que entre a carga havia espoletas, que são explosivos de extrema sensibilidade e que reage facilmente a choque, atrito ou fogo. Em um eventual estímulo, o material poderia reagir e detonar toda a carga por simpatia. Em caso de explosão os danos poderiam alcançar um raio de 3 km, podendo ferir fatalmente pessoas no local.