Uma professora da rede estadual de ensino foi agredida fisicamente por uma aluna durante uma aula na Escola Estadual Raimundo Alencar Leão, em Guaraí, nesta semana. A vítima, identificada como Andreia Valadares Pinto, registrou um boletim de ocorrência na 7ª Central de Atendimento da Polícia Civil do município, denunciando a agressão e ameaças sofridas.
De acordo com o relato policial, o episódio de violência ocorreu após a docente tentar impedir que a estudante, identificada pelas iniciais L. F. S. P., deixasse a sala de aula durante o período escolar. A aluna reagiu com um soco no braço da professora e a empurrou. O conflito continuou fora do ambiente escolar, onde a estudante teria ameaçado a docente, dizendo que “iria furá-la com um canivete”.
A professora afirmou estar em estado de choque e disse não ter condições emocionais de continuar lecionando para a turma em que ocorreu a agressão.
O caso é acompanhado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet). A presidente regional do sindicato em Guaraí, Iolanda Bastos, informou que a entidade está em diálogo com a direção da escola para garantir assistência e apoio à professora. O departamento jurídico do Sintet e a direção regional também prestarão acompanhamento integral ao caso.
O episódio de violência ocorreu justamente na mesma semana em que o sindicato lançou uma campanha nas redes sociais encorajando os profissionais da educação a denunciarem situações de agressão nas escolas tocantinenses.
Para o presidente estadual do Sintet, José Roque Santiago, o caso é emblemático e exige resposta institucional:
“O Sindicato combate veementemente as práticas de assédio e todas as formas de violência nas escolas. Buscamos tratar todos os casos com a devida atenção e vamos cobrar da SEDUC as medidas necessárias para evitar que situações como essa voltem a acontecer. Defendemos que o profissional da educação não seja responsabilizado, mas sim resguardado em seu direito a um ambiente de trabalho saudável.”
Até o momento, a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) não se manifestou publicamente sobre o caso. A comunidade escolar aguarda posicionamento quanto às providências administrativas e pedagógicas que serão tomadas diante da ocorrência.