O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), por meio da Regional de Palmas, manifestou nesta quinta-feira (12) repúdio público à agressão verbal sofrida pela professora Kátia Rodrigues Aquino de Jesus, lotada na Escola Municipal Lúcia Sales Pereira Ramos, no setor Taquari, região sul da capital.
Segundo relato da docente, o episódio ocorreu após ela ter feito, em tom de brincadeira, um comentário a um colega sobre a ausência do diretor da escola. Dias depois, ao procurá-lo para tratar de assuntos da rotina escolar, foi surpreendida com ofensas verbais diante de outros professores. Conforme registrado em boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher, o gestor teria afirmado: “Não tenho nada para resolver com essa professora que vive fazendo fofoca pelos corredores da escola. Você é uma VAGABUNDA e uma MOLECA!”
Ainda segundo o relato, uma colega interveio em defesa da vítima. Após o episódio, o diretor chamou a servidora à direção e registrou uma ocorrência interna por meio de ata. A professora, abalada emocionalmente, afirmou não ter conseguido reagir no momento.
Nos dias seguintes, o comportamento do diretor teria se mantido hostil e intimidatório, com declarações como: “Se não está satisfeita, procure outra escola”, “Se ficar causando problemas, vou te transferir para Buritirana” e “As coisas vão continuar do jeito dele, pois ele é quem manda”.
A professora possui diagnósticos médicos de fibromialgia e psoríase e relatou agravamento do seu estado físico e emocional após o episódio, necessitando de medicamentos para dormir.
Diante da gravidade da situação, o Sintet protocolou ofício na Secretaria Municipal de Educação cobrando providências imediatas e uma apuração rigorosa do caso. A entidade também ofereceu suporte jurídico à servidora, que pretende responsabilizar tanto o diretor quanto o Município de Palmas.
Em nota, o presidente do Sintet Regional de Palmas, Fábio Lopes, declarou:
“Reafirmamos nosso compromisso inegociável com a defesa dos trabalhadores e trabalhadoras da educação. Lutando por uma gestão escolar democrática, repudiamos veementemente qualquer forma de violência física, psicológica ou de gênero. Prestamos total solidariedade à professora Kátia e exigimos providências.”
O sindicato reforçou que não tolerará assédio, desrespeito ou qualquer tipo de violência nas escolas e prometeu continuar vigilante na defesa dos direitos e da dignidade dos profissionais da educação.