A Polícia Civil do Tocantins cumpriu, na manhã desta quarta-feira (18), um mandado de prisão preventiva contra um homem de 54 anos, suspeito de tentativa de homicídio qualificado ocorrida em março deste ano na capital. A ação faz parte da Operação Opto, deflagrada pela 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP).
De acordo com as investigações, o crime aconteceu durante uma reunião em um escritório de advocacia, onde a vítima, identificada pelas iniciais C.E.R.B., participava de tratativas para o distrato de um contrato de compra e venda de imóvel rural. O suspeito, que atuava como corretor no negócio, teria se revoltado diante da possibilidade de anulação da venda, o que inviabilizaria o pagamento de sua comissão.
Durante o encontro, o investigado atacou a vítima com dois golpes de canivete, causando ferimentos de gravidade. Imagens das câmeras de segurança do escritório registraram toda a sequência, incluindo a tentativa de fuga do agressor, que foi contido por advogados presentes.
O delegado Eduardo Menezes, responsável pela apuração, destacou que o comportamento do suspeito não se restringiu a este episódio. Segundo ele, o investigado já tinha histórico de ameaças e postura intimidatória, chegando a afirmar que no Tocantins “não havia lei” e que resolveria conflitos “à sua maneira”.
Além deste caso, o homem acumula antecedentes por crimes como falsidade ideológica, corrupção, porte ilegal de arma de fogo e lesões corporais, com uso recorrente de arma branca em alguns desses episódios.
Para a Polícia Civil, a prisão preventiva foi necessária tanto para evitar novas agressões quanto para garantir a integridade da vítima e a segurança da comunidade. “A gravidade dos fatos, somada ao histórico de violência e desrespeito às normas legais, tornou indispensável a custódia cautelar”, afirmou o delegado.
Após os procedimentos legais, o suspeito foi encaminhado à Unidade Prisional de Palmas, onde ficará à disposição da Justiça.
Significado da Operação Opto
O nome da operação, "Opto", faz referência ao motivo central do crime: a decisão das partes pela rescisão contratual. A palavra de origem latina significa "escolha" ou "anulação", simbolizando o rompimento do acordo de venda que teria motivado o ataque.