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Eduardo Siqueira Campos é preso em operação da PF que apura vazamento de decisões do STJ

Investigação mira organização criminosa acusada de sabotar operações da Polícia Federal através de acesso ilegal a informações sigilosas

Por Thiago de Castro - Correio do Tocantins
27/06/2025 11h02 - Atualizado há 10 horas
2 Min

O cerco apertou. A Polícia Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira (26), três pessoas em Palmas, incluindo ninguém menos que o prefeito da capital tocantinense, Eduardo Siqueira Campos (Podemos). As ordens partiram do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Sisamnes, que apura um sofisticado esquema de vazamento de decisões judiciais sigilosas oriundas do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Além do prefeito, também foram presos um advogado e um policial civil. Até o fechamento desta edição, as defesas dos investigados não haviam se pronunciado.

A PF sustenta que as investigações desnudaram os tentáculos de uma organização criminosa altamente articulada, que operava nos bastidores do sistema judicial. O grupo é acusado de acessar, manipular e repassar informações confidenciais, com o claro objetivo de sabotar operações policiais, blindar aliados e alimentar redes de influência que atravessam esferas políticas e institucionais.

O Supremo autorizou, além das três prisões preventivas, o cumprimento de três mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas. A lista completa dos alvos permanece sob sigilo, em respeito às restrições processuais impostas pelo próprio STF.

O que está em jogo é grave. Segundo a Polícia Federal, o vazamento sistemático de decisões judiciais — especialmente oriundas do STJ — colocava em risco o êxito de investigações sensíveis conduzidas pela corporação em todo o país. A apuração aponta o envolvimento direto de agentes públicos, operadores do direito e intermediários externos, que atuavam como peças de uma engrenagem clandestina montada para driblar a Justiça.

O nome da operação não foi escolhido ao acaso. “Sisamnes” remete a um episódio histórico da Pérsia Antiga, no qual um juiz corrupto foi esfolado vivo por ordem do rei Dario I, como punição exemplar por ter vendido uma sentença. Seu couro foi pregado na cadeira do sucessor, como símbolo de que a Justiça não tolera a traição de seus próprios princípios.

O inquérito segue em andamento sob sigilo no Supremo Tribunal Federal. A qualquer momento, novos desdobramentos podem emergir — e, se as investigações se confirmarem, o impacto político e institucional promete ser sísmico.


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