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Após tumulto e ocupação, Hugo Motta retoma comando da Câmara e afirma: “Democracia não pode ser negociada”

Por Thiago de Castro - Correio do Tocantins
06/08/2025 23h52 - Atualizado há 5 dias
3 Min

Após dois dias de impasse e obstrução no plenário da Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), conseguiu retomar os trabalhos legislativos nesta quarta-feira (6) e fez um pronunciamento firme em defesa da ordem institucional. O plenário havia sido ocupado por parlamentares da oposição, especialmente aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em protesto contra a prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.

 

A retomada da Mesa Diretora ocorreu sob forte tensão. Segundo relatos, Hugo Motta chegou a ameaçar suspender os mandatos de deputados envolvidos na ocupação. Após negociações, os bolsonaristas deixaram o plenário, e a polícia legislativa foi acionada e posicionada diante da porta principal, em sinal de precaução.

 

No discurso de abertura da sessão, Motta foi enfático:

 

“A democracia não pode ser negociada. Não podemos deixar que projetos pessoais e até eleitorais estejam à frente do que é maior que todos nós: o nosso povo.”

 

O parlamentar também destacou que sua atuação visa reafirmar o papel institucional da Câmara dos Deputados diante de uma conjuntura marcada por confrontos políticos e tentativas de desestabilização.

 

“Talvez estejamos ocupando uma das cadeiras mais desafiadoras do país, pelo momento que estamos vivendo. Mas esta sempre foi e sempre será a Casa do debate”, declarou.

 

“Obstrução física não faz bem à democracia”

 

Ao comentar o bloqueio físico do plenário, Motta reconheceu o direito da oposição de se manifestar, mas alertou para os limites constitucionais e regimentais que devem ser respeitados.

 

“O que aconteceu, um movimento de obstrução física, não faz bem a esta Casa. A oposição tem todo o direito de se manifestar, mas tem que ser feito obedecendo ao nosso regimento e à nossa Constituição.”

 

Apesar do clima de confronto, o presidente da Câmara adotou um tom conciliador ao final da sessão, apelando ao diálogo como caminho de reconstrução institucional:

 

“Vamos seguir com serenidade e com firmeza, dialogando e procurando sempre construir consenso. Só o diálogo mostrará a luz das grandes construções que o Brasil precisa.”

 

A sessão desta quarta-feira marcou o retorno dos trabalhos legislativos após um período de paralisação forçada e acirramento dos ânimos entre os poderes. Nos bastidores, a crise segue alimentada pela pressão da oposição, que defende a votação de um “pacote da paz”, enquanto setores governistas e moderados trabalham para conter a radicalização e restabelecer a governabilidade no Congresso Nacional.


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