Um ataque aéreo israelense matou, na noite de domingo (9), o jornalista Anas al-Sharif, de 28 anos, e outros quatro profissionais de imprensa na cidade de Gaza. O grupo estava em uma barraca utilizada por repórteres e equipes de TV, montada do lado de fora do portão principal do Hospital al-Shifa, quando foi atingido.
Segundo informações da própria emissora, entre as vítimas estão o correspondente Mohammed Qreiqeh e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa. No total, sete pessoas morreram no ataque.
Pouco antes de ser atingido, al-Sharif havia publicado na rede X (antigo Twitter) que a cidade estava sob um intenso e concentrado bombardeio israelense, tática conhecida militarmente como “cintos de fogo”, nas regiões leste e sul de Gaza. Em seu último vídeo, é possível ouvir o som constante das explosões e ver o céu iluminado por clarões alaranjados provocados pelos mísseis.
O episódio se soma a uma série de incidentes envolvendo profissionais de imprensa desde o início da escalada militar em Gaza. Entidades internacionais e organizações de jornalistas vêm alertando para o crescente risco enfrentado por repórteres na região e pedem investigações independentes para apurar as circunstâncias dessas mortes.