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No Tocantins, médico especialista em nutrologia alerta para riscos das dietas restritivas

Receitas prontas e modismos podem comprometer a saúde; acompanhamento médico é essencial para emagrecimento saudável

Por Iara M. Coelho de Castro - Correio do Tocantins
21/08/2025 22h34 - Atualizado há 5 horas
4 Min

A busca pelo corpo ideal e pela perda rápida de peso se tornou um fenômeno comum em todas as idades. Seja por questões de saúde, estética ou qualidade de vida, muitas pessoas recorrem a dietas divulgadas em redes sociais ou sugeridas por conhecidos. O problema é que a promessa de resultados imediatos pode colocar a saúde em risco. Quem alerta é o médico especialista em nutrologia Dr. Jhones Araújo, que reforça a importância de individualizar o tratamento e ter orientação profissional antes de adotar qualquer mudança drástica na alimentação.

 


“O ponto principal é ter um acompanhamento. Realizar uma consulta, entender qual é o seu momento. Se você precisa perder muito ou pouco peso, ou se precisa ganhar massa muscular e seguir uma dieta direcionada. É importante lembrar que essas receitas e resultados muito rápidos podem trazer consequências a longo prazo”, afirma.



De acordo com o especialista, a adesão a dietas extremamente restritivas pode gerar problemas sérios. Entre eles, estão quadros de síncope, desmaios causados pela baixa disponibilidade de energia, desidratação e até deficiências nutricionais prolongadas.

 

“Essas dietas milagrosas podem trazer riscos em que sentido? Você ficar muito tempo sem comer, gerando um quadro de desmaio. Pode também passar muito tempo e se desidratar, podendo gerar problemas futuros, como deficiências relacionadas a nutrientes e vitaminas”, explica Araújo.



O médico lembra que emagrecer está diretamente ligado ao balanço calórico negativo, ou seja, ingerir menos calorias do que se gasta. Mas alcançar esse equilíbrio não é tão simples quanto parece.

 

“Existem fatores genéticos, biológicos, psicológicos, socioculturais e ambientais que interferem na forma como cada pessoa responde a uma dieta. Por isso, não existe uma receita única que funcione para todos”, acrescenta.



Outro erro recorrente, segundo ele, é acreditar que eliminar grupos alimentares inteiros seja a chave para o emagrecimento. Dietas que cortam totalmente os carboidratos, por exemplo, podem causar fadiga, queda de rendimento físico e até problemas cognitivos.

 

“Nosso corpo utiliza os carboidratos como fonte de energia para o funcionamento do cérebro, músculos e sistema nervoso. Uma dieta sem carboidratos te deixaria fraco e cansado, entre outros malefícios”, alerta.



Além disso, dietas muito restritivas podem provocar compulsão alimentar, resultado da tentativa do corpo de repor nutrientes essenciais.

 

“Quando você restringe severamente a sua dieta, o risco de episódios de compulsão alimentar aumenta. Isso se deve à necessidade do corpo de consumir determinados nutrientes, além de fatores psicológicos e socioculturais”, reforça o especialista.



Ele explica ainda que, em muitos casos, a perda de peso inicial em dietas radicais não significa eliminação de gordura corporal, mas sim de líquidos ou até de massa muscular.

 

“Dietas restritivas podem criar a ilusão de perda de peso, mas muitas vezes o que acontece é a desidratação ou o catabolismo, que é a perda de massa muscular. Isso compromete a saúde e pode gerar um efeito rebote, com ganho de peso ainda maior no futuro”, observa Araújo.



Para o médico, o processo de emagrecimento deve ser entendido como um projeto de saúde, e não apenas de estética.

 

“Ter uma dieta adequada para o seu organismo, seguir ela e ter bons hábitos, como atividade física, é o que vai te ajudar a alcançar o objetivo. O que não pode é começar sozinho, se frustrar e abandonar mais uma vez esse processo”, afirma.



O especialista reforça que, mais do que cortar calorias de forma aleatória, é essencial selecionar alimentos de qualidade e garantir equilíbrio nutricional. Isso inclui proteínas, carboidratos, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais.

 

“O emagrecimento saudável é gradual. Não é o atalho que vai te trazer resultado, mas a constância. É preciso pensar no longo prazo, porque perder peso rápido e recuperar logo depois não resolve. O acompanhamento médico garante segurança e previne complicações”, conclui.


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