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MPTO denuncia 10 ligados ao PCC por tráfico, armas e “Novo Cangaço” no Tocantins

Por Thiago de Castro - Correio do Tocantins
22/08/2025 21h12 - Atualizado há 2 semanas
3 Min

O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da 3ª Promotoria de Justiça de Araguaína, apresentou denúncia contra 10 pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa interestadual com atuação no Tocantins, Maranhão e Pará. Segundo as investigações, o grupo era ligado diretamente à facção Primeiro Comando da Capital (PCC) e praticava crimes como tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e munições, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e planejamento de assaltos a instituições financeiras no modelo “Novo Cangaço”.

Estrutura criminosa e fachada comercial

De acordo com o MPTO, a organização funcionava em células autônomas, mas interligadas, o que dificultava seu desmantelamento. O núcleo em Araguaína tinha como figura central Joelson Barbosa Pereira Júnior, o “Leitinho”, apontado como líder e responsável por lavar recursos ilícitos por meio da loja Complexo das Armas, fachada para comércio ilegal de armamentos.

Além de operar como fachada, o estabelecimento abastecia a facção com armas e munições, além de movimentar valores oriundos do tráfico e de crimes patrimoniais. Joelson também exercia o posto de “Sintonia Restrita” do PCC na região, função que coordenava ações da facção no Tocantins.

Operação Cerberus

A denúncia é resultado da Operação Cerberus, deflagrada em junho de 2025 em ação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Civil do Tocantins. A operação cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão, recolhendo armas de grosso calibre, mais de 6 mil munições, drogas, balanças de precisão, prensa hidráulica usada para preparar entorpecentes e grande quantia em dinheiro.

Denunciados

Foram denunciados pelo MPTO:

  • Joelson Barbosa Pereira Júnior (Leitinho) – líder do grupo, operador financeiro ligado ao PCC;

  • Hugo Sérgio Soares Rodrigues – considerado testa de ferro de Joelson, formalmente responsável pelo Complexo das Armas;

  • Patrícia Soares de Oliveira – irmã de Hugo, atuava na gestão financeira e logística;

  • Guilherme da Silva – liderança do PCC em Araguaína, responsável por movimentações de mais de R$ 1,6 milhão;

  • Alisson Cássio Moura Barreto – vinculado ao tráfico de drogas e apoio logístico;

  • André Brener Alves Braz – associado ao tráfico e à lavagem de dinheiro;

  • Breno Pereira da Silva – atuava no tráfico e em atividades de logística criminosa;

  • Francisco Morais Lima (Amaury) – ligado ao tráfico e ao planejamento de roubos a bancos;

  • João Vítor Farias Sousa – acusado de participação ativa no tráfico de drogas;

  • Johnata Silva de Oliveira – integrante do núcleo criminoso, responsável por logística e associação criminosa.

Continuidade das investigações

Com a denúncia formalizada, os acusados podem se tornar réus em processo criminal que corre na Justiça tocantinense. O MPTO destacou que as apurações seguem em andamento para identificar outros possíveis envolvidos e mapear a extensão das atividades da organização criminosa na região Norte do país.


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