A ex-senadora Kátia Abreu usou suas redes sociais na noite desta quarta-feira (3) para criticar duramente o vídeo publicado pelo governador afastado Wanderlei Barbosa (Republicanos), no qual ele acusa o vice-governador Laurez Moreira (PSD) de articular uma conspiração para retirá-lo do poder.
Em uma série de postagens no X (antigo Twitter), Kátia classificou a fala de Wanderlei como “cinismo” e afirmou que o afastamento não é resultado de perseguição política, mas sim de investigações conduzidas há anos por órgãos federais como a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Superior Tribunal de Justiça.
“Merece o Oscar do cinismo. Mobiliza centenas de agentes da PF, MPF e STJ em 3 anos de investigações e depois foi o Laurez que o perseguiu? É muita desfaçatez”, escreveu.
Kátia citou ainda os elementos revelados pela Operação Fames-19, que apura desvio de recursos da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (SETAS). Entre os pontos destacados por ela estão o suposto uso de verba pública para a construção de uma pousada de luxo em nome do filho de Wanderlei, além da compra de gado e o custeio de despesas pessoais.
“E esse caso Wanderlei Barbosa foi Laurez que inventou também? Deveria poupar o Tocantins desse vídeo deplorável”, publicou, em resposta ao pronunciamento do governador afastado.
Em outra postagem, a ex-senadora lembrou que a Polícia Federal também investiga uma “expressiva quantidade” de despesas pessoais de Wanderlei que teriam sido pagas em dinheiro vivo em casas lotéricas do interior do Tocantins.
“Laurez que inventou? Hein Wanderlei?”, ironizou, acompanhando a publicação de uma reportagem sobre o caso.
As declarações de Kátia Abreu reforçam o clima de embate político após a decisão do STJ que afastou Wanderlei Barbosa do cargo por 180 dias. Enquanto o governador interino Laurez Moreira promove uma ampla reestruturação no governo, Wanderlei tenta mobilizar apoio popular ao afirmar que foi vítima de perseguição.
A ex-senadora, por sua vez, enfatizou que os fatos apurados não foram criados por adversários, mas são resultado de investigações aprofundadas que envolvem órgãos de controle e fiscalização federais.
