01/04/2022 às 19h19min - Atualizada em 01/04/2022 às 21h17min
Dono de restaurante é preso pela Polícia Civil suspeito de matar funcionário no mesmo dia em que tentou demiti-lo
Segundo a investigação, o patrão contou com ajuda de um segundo funcionário da empresa. Eles ainda levaram corpo para área de mata e atearam fogo com pneus; crime foi em Paraíso.
Segundo a investigação, o patrão contou com ajuda de um segundo funcionário da empresa. Eles ainda levaram corpo para área de mata e atearam fogo com pneus; crime foi em Paraíso.
O dono de um restaurante foi preso pela Polícia Civil nesta sexta-feira (1°) suspeito de envolvimento na morte de um funcionário do estabelecimento. O crime teria ocorrido porque Rogério Gomes Luvizotto, de 41 anos, tinha acabado de ser demitido e começou uma discussão com o patrão.
Um segundo funcionário da empresa que teria participado do crime também foi preso.
O assassinato aconteceu em 2019 e inicialmente a vítima foi dada como desaparecida. O caso é investigado pela 6ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (6ª DEIC). Os dois suspeitos presos têm 38 e 36 anos, mas não tiveram os nomes divulgados. Eles vão responder pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O delegado Antônio Onofre de Oliveira da Silva Filho contou que a vítima estava em processo de demissão do restaurante em que trabalhava, situado à margem da rodovia TO-080, na saída de Paraíso.
Durante uma discussão com o patrão, na manhã em que havia sido despedido, Rogério Gomes foi atingido com um pé-de-cabra na cabeça. O golpe foi dado por outro funcionário do restaurante.
"O patrão, ao ver aquela situação, ao invés de ter chamado o socorro, resolveu terminar de pôr fim a vítima. Determinou que os outros funcionários limpassem o sangue enquanto ele o gerente fossem desovar a vítima, que naquele momento ainda estava viva. O patrão se dirigiu até a zona rural de Montes Santo e no local da desova terminou de matar o funcionário com pedradas na cabeça", disse o delegado.
Na mesma noite o patrão e o funcionário que deu o primeiro golpe retornaram ao local e usaram pneus para incendiar o corpo, no intuito de ocultar qualquer vestígio que os ligasse ao crime.
A polícia informou que durante as investigações do desaparecimento surgiram informações sobre o homicídio e a localização do corpo. "As equipes da 6ª DEIC intensificaram as investigações e diligências e conseguiram localizar a ossada do homem, confirmado que realmente se tratava de homicídio e ocultação de cadáver, após a realização dos exames periciais", ressaltou Antônio Onofre.
O dono do restaurante e o funcionário que atingiu a vítima na cabeça foram presos nesta sexta-feira (1º) em cumprimento a mandados da Justiça. Ainda segundo a polícia, ambos confessaram o crime e foram encaminhados à Unidade Penal de Paraíso do Tocantins. Eles responderão por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.