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31/08/2022 às 09h19min - Atualizada em 31/08/2022 às 12h12min

Violência nas escolas cresce e especialista alerta para reflexo da pandemia

Entre janeiro e agosto foram mais de 100 boletins de ocorrência por lesão corporal e ameaça em escolas do Tocantins. Pesquisa nacional apontou que mais de 80% dos professores foram alvo de agressões.

- Correio do Tocantins
Os casos de violência têm crescido dentro do ambiente escolar. No Tocantins, entre janeiro e 23 de agosto, foram registrados 30 boletins de ocorrência por lesão corporal e 76 denúncias por ameaças dentro de escolas. Os números são muito superiores ao ano passado, quando o ensino ainda era realizado no formato híbrido.

Um professor que pediu para não ser identificado contou que foi atacado por um pai de aluno em abril deste ano em uma escola estadual de Palmas.

"Por volta de 8h um pai chegou com a sua enteada para dentro da escola. Aí eu fui reclamar que o horário estava atrasado e que não continuasse. Aí ele partiu para cima de mim, para brigar mesmo", disse o homem.


A organização Nova Escola ouviu 5.300 professores de todo o país e 80% deles disseram ter sido vítima de algum tipo de agressão. A maioria destes casos é de violência verbal. Em seguida vem à violência psicológica e ao menos 7% dos profissionais foram agredidos fisicamente.

A superintendente da Secretaria de Educação, Markes Cristiana de Oliveira, conta que a violência ocorre contra os educadores e também entre os próprios alunos.

"Está aqui conversando, fala uma palavra que não gostou e estoura uma briga, isso é agressão física. Fala um apelido, isso é bulling. Eu não gosto que me chame de tal coisa, o colega vai e parte [para briga]. Às vezes um jeito agressivo de se reportar ao professor ao gestor escolar. A violência na escola sempre existiu, mas a própria escola conseguia gerir", comentou.


O entendimento de especialistas é que parte dessa tensão é reflexo da pandemia. No tempo de escolas fechadas parte das crianças e dos adolescentes desaprendeu o convívio social. Está mais difícil respeitar regras, ouvir e controlar as emoções.

"A violência é um destes fenômenos que vêm se agravando a partir da pandemia. Agora que as aulas voltaram de forma presencial essa violência acaba eclodindo aqui. Esse adolescente demonstra essa violência que talvez já estava inserido, já se manifestava em outros contextos, acaba emergindo aqui", comentou o psicólogo Lázaro Júnior.


Em abril, uma adolescente precisou ser socorrida depois que foi ferida com um canivete em uma escola estadual de Araguaína, no norte do estado. Menos de um mês depois, um estudante de 13 anos foi esfaqueado durante uma briga, dentro de uma escola municipal na região sul da capital.

O estado também tem registrado casos de ameaças dentro de escolas e até uma bomba foi detonada no Colégio da Polícia Militar em Palmas. Este tipo de situação acende um alerta em quem faz a segurança nas escolas.

“A Guarda Metropolitana tem se feito presente no ambiente escolar, seja nos Cmeis ou escolas municipais, a fim de proporcionar ao público escolar a sensação de segurança necessária neste momento conturbado que a sociedade vem atravessando”, comentou o superintendente Marcelo Lima.


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