13/03/2023 às 16h58min - Atualizada em 13/03/2023 às 17h46min
Mulher que comia cães de rua é localizada e internada no Hospital Regional de Araguaína
Internação compulsória foi determinada pela Justiça na semana passada. Marinez Morais da Silva terá que passar pelo menos 90 dias sob cuidados na ala psiquiátrica da unidade.
Marinez Morais da Silva, de 47 anos, suspeita de matar cães de rua para se alimentar, já está internada no Hospital Regional de Araguaína (HRA), no norte do estado. Ela foi localizada no setor Itapuã e levada para unidade de forma compulsória.
Ela chegou a ser presa quando o caso foi denunciado, no final de fevereiro, mas logo depois foi solta para cumprir medidas cautelares. No dia 9 de março, a Justiça havia determinado a internação para que ela pudesse receber tratamento médico por pelo menos 90 dias.
A Polícia Militar a encontrou no sábado (11). Ela não apresentou resistência e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para leva-la ao HRA.
O pedido para a internação compulsória partiu da Defensoria e do Ministério Público Estadual. Logo após ser liberada, a Justiça determinou que ela recebesse atendimento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II). Mas depois de ser encontrada em situação de rua, Marinez recusou os cuidados e fugiu dos profissionais.
Ao puxar a ficha da mulher para lavrar a ocorrência, a polícia identificou um mandado de prisão pelo crime de tráfico de drogas. O mandado é da Justiça de Tocantinópolis e está em aberto desde agosto de 2018.
Ela chegou a ser presa em 1999 com uma mochila em que levava 180 gramas de maconha. Na época, ela relatou que comprou a droga em um posto de combustível e estava de carona em um caminhão. Ela tinha como destino Goiânia (GO) e o veículo foi abordado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O Poder Judiciário foi comunicado sobre o mandado de prisão em aberto. Depois do período de internação, a Justiça deverá determinar quais os procedimentos com relação ao mandado de prisão.
Relembre o caso
A Polícia Militar chegou até a mulher após uma denúncia na tarde do dia 21 de fevereiro. A mulher vivia em uma casa abandonada no setor Vila Nova, onde mantinha animais em cativeiro.
Segundo a Polícia Militar, a suspeita relatou que realmente havia matado cerca de dez cães para comer e que as peles estendidas no varal eram dos animais sacrificados.
Ela foi autuada em flagrante pelo crime de maus-tratos de animais domésticos, que tem até cinco anos de prisão e não admite fiança. Só que o juiz destacou a possibilidade de se conceder a liberdade provisória mesmo sem fiança.
Testemunhas contaram à polícia que tinham percebido o desparecimento de cães e gatos na vizinhança. Durante a noite os vizinhos também ouviam barulhos de animais no local. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.
Um vídeo publicado nas redes sociais mostra o momento em que cães vítimas de maus-tratos foram encontrados em uma casa em Araguaína, no norte do Tocantins. Segundo a Polícia Militar, os animais estavam em condições precárias de higiene, sem alimentação e água potável.