“Ele tentou atravessar a nado o espaço entre o banco de areia e a rampa, quando a correnteza o puxou para a margem oposta, ele tentou voltar ao banco de areia, se cansou e afundou”, explica.
Com as chuvas das últimas semanas, o nível de água tem aumentado, deixando a parte onde banhistas frequentam na temporada de praia totalmente submersa. O local onde Salmon se afogou, por exemplo, está com cerca de três metros de profundidade e a aproximadamente 30 metros da margem. Normalmente, essa é a área de embarque e desembarque na época de estiagem, já que onde os banhistas frequentam está a mais de 100 metros do local.
Com a morte de Salmon, o estado registra 12 afogamentos. Em janeiro, foram 6 e, em fevereiro, três mortes. Em março, foram registrados três casos.
Em 2022, o estado registrou 68 mortes por afogamento. Setembro é o mês com maior número de registros, com 8 ocorrências. Nos meses de abril, maio, junho, agosto e outubro, foram sete mortes em cada mês.
Muitos dos casos de afogamentos são em pontos turísticos de grande movimentação de pessoas. Os bombeiros recomendam calma para quem se encontra em situações como essa. Alertam, ainda, sobre a necessidade de acionar pessoas especializadas para fazer o salvamento e dão dicas de como agir em situações como essas.
Bombeiros militares atuaram nas buscas ao corpo de Salmon, que se afogou a cerca de cinco metros de onde os mergulhadores estão — Foto: Divulgação/CBMTO
“Ao avistar um afogamento, o que se deve fazer é fornecer um objeto flutuante para a vítima, pode ser uma boia, uma caixa térmica, também pode-se estender uma galhada comprida ou amarrar uma garrafa pet a uma corda e lançar para o afogado”, orienta o major Antônio Luiz Soares da Silva, analista de projetos da Diretoria de Serviços Técnicos do Corpo de Bombeiros.
Normalmente, os afogamentos registrados no estado acontecem próximos às margens. Em 2022, 45% dos afogamentos fatais ocorreram a menos de 5 metros da margem.