02/05/2023 às 17h11min - Atualizada em 02/05/2023 às 17h28min
Reajuste no gás de cozinha faz consumidores se desdobrarem para economizar
Empresário conta que terá que ajustar as despesas para não repassar valor ao consumidor. Segundo economista, botijão deve vai ficar cerca de R$ 1,39 mais caro.
Thiago de Castro - Correio do Tocantins
Depois de uma aprovação de mudanças nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ainda em 2022, o preço do gás de cozinha teve reajuste. O consumidor vai sentir o preço do aumento do produto a partir desta semana.
O dono de um restaurante em Palmas Marllus Targino precisa de pelo menos 24 botijões por mês. O valor que ele pagava ficava em torno de R$ 2,6 mil mensal e agora ele já sabe que vai precisar desembolsar ainda mais. O problema é quando irá repassar o aumento para seus clientes. “De imediato não tem como porque a gente tem que senti o mercado primeiro, ver como que está a concorrência para a partir disso tomar uma iniciativa”, explicou o empresário.
Se para os empresários é difícil economizar nesses momento s de reajuste, para o orçamento familiar a situação se complica. Na casa da aposentada Neide Gomes Paiva, as contas já são apertadas, mas não dá para ficar sem gás.
O produto era comprado por pelo menos R$ 110 com desconto. Mas agora a família vai ter que desembolsar um pouco mais pelo menos a cada 45 dias, tempo em que dura um botijão em média. “Eu já fazia das ‘tripas coração’. Já faço uma comida uma vez por dia para no outro dia esquentar para poder que o gás renda 45 dias”, contou a aposentada.
De acordo com o economista Alberto Ajzental, o aumento tem tudo a ver com o ICMS dos estados e que o preço no Tocantins já é acima da média nacional. “Ele custa ainda 13% acima da média brasileira, que está em 107,5%. Agora os estados vão cobrar uma alíquota de imposto ‘ad rem’, ou seja, é um imposto fixo sobre o botijão, sobre o quilo de GLP. No caso do Tocantins, botijão vai ficar R$ 1,39 mais caro”, explicou o especialista.
