15/05/2023 às 20h39min - Atualizada em 16/05/2023 às 09h29min

Araguaína registra maior número de acidentes de trânsito no Tocantins

O Hospital Regional de Araguaína registrou 374 pacientes envolvidos com acidente de trânsito. Mais de 70% deles tiveram lesões ortopédicas e sete pessoas morreram.

- Correio do Tocantins
Há seis meses sem conseguir trabalhar, o auxiliar administrativo Nicolas Moura sente na pele o peso da imprudência no trânsito. Ele é uma das vítimas de acidentes de trânsito em Araguaína. A cidade é a que mais registrou esse tipo de ocorrência no estado este ano, totalizando 374 casos.

No acidente em que Nicolas estava envolvido, o carro não respeitou a sinalização e bateu na moto em que ele estava.

“Eu estava na preferencial, estava certo, acabou que o cara estava errado e quem está sofrendo sou eu. Estou sem trabalhar tem seis meses, sofrendo com ferro na fisioterapia, quebrei os dois punhos e acabei quebrando a perna também”, conta Nicolas.


A principal causa do alto número de acidentes é a imprudência, o que desperta o alerta para mais atenção ao trânsito.

“Tem que prestar atenção nas placas, prestar atenção na sinalização, é ter o medo de passar por um cruzamento sem ter a certeza que vai dar tempo, já olha e faz a medida pelo olhar de que consegue atravessar e não é bem assim. No trânsito, toda prudência ainda está sendo pouca”, orienta a coordenadora de educação para o trânsito, Suzane Olímpia.


A orientação é confirmada por quem já passou por essa situação. “O motorista tem que pensar nas outras pessoas, porque um erro pode acabar tirando a vida de outra pessoa. Graças a Deus não aconteceu comigo, mas tem que ter cuidado, em Araguaína tá difícil, o trânsito está difícil, acontecendo muitos acidentes”, acrescenta Nicolas.

Somente neste ano, o Hospital Regional de Araguaína registrou 374 atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito. Na ortopedia do hospital, 72,38% dos pacientes atendidos estiveram envolvidos em acidentes. Os números altos colocaram Araguaína no topo do ranking do estado, sendo a cidade com maior número de acidentes em 2023.

Lidar com esse tipo de situação virou rotina no Hospital.

“Chegam muitos acidentes graves, de alta complexidade, com fraturas expostas, que necessitam fazer cirurgia ou alguma intervenção para colocar placas, parafusos... E aí deixa essa pessoa muito tempo fora do seu ambiente de trabalho, de sua casa. Às vezes, a pessoa tem o laudo de PcD (pessoa com deficiência), ficando inválido no trabalho. Existe muita perda de membro também, principalmente acidente de moto”, informa a médica ortopedista do HRA, Patrícia Sampaio.



O comerciante Wilson Pereira Ribeiro é um desses pacientes e aguarda por uma cirurgia no braço. Ele pilotava uma moto e bateu em uma cerca, enquanto voltava embriagado de uma festa.

“Eu estava em uma média de 100 km/h no momento da batida, acredito que foi um milagre ter escapado. Complicado, bebida e direção não dá certo”, comenta Wilson


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