08/01/2024 às 08h19min - Atualizada em 08/01/2024 às 12h19min

Crise em Caseara: Cidade tem terceiro prefeito em menos de um mês; entenda motivos

Cidade fica na região oeste do estado. Mudanças começaram depois que a prefeita eleita, Ildislene Santana (DEM), foi afastada em investigação por suspeita fraude em licitações.

- Correio do Tocantins

A cidade de Caseara, na região oeste do estado, tem passado por um momento de instabilidade política com três prefeitos em menos de um mês. Toda mudança começou depois que a prefeita Ildislene Santana (DEM) foi afastada pela Justiça junto com todo secretariado.

Caseara fica na região oeste do estado, próximo da divisa com o Pará, e tem aproximadamente 4,8 mil habitantes. O novo nome a assumir o cargo foi o vereador Marcos Carvalho Lima (PTB), conhecido como Marcos Chico.


A operação da Polícia Civil que afastou a prefeita eleita, no início de dezembro, investiga suposta fraude em licitações. Além de Ildislene, a Justiça também tirou do cargo os secretários e o então presidente da Câmara de Vereadores, Cleber Pinto Cavalcante (DEM). Eles negaram as acusações.

Por causa disso, o vice-presidente da Câmara na época, vereador Suair Mariano de Melo (PSD), acabou sendo o próximo na linha de sucessão e assumiu a prefeitura em 5 de dezembro de 2023.

Ele ficou no cargo por menos de 30 dias, pois ainda em dezembro houve a eleição da nova mesa diretora da Câmara de Vereadores e o vereador Marcos Carvalho Lima (PTB) foi eleito como presidente.

Com isso, assim que tomou posse como presidente, no dia 1º de janeiro de 2024, Marcos Chico, foi conduzido ao cargo de prefeito no lugar de Suair Mariano. A permanência dele na prefeitura é por tempo indeterminado, podendo permanecer até o fim de seu mandato como presidente da Câmara.

A investigação

A operação que afastou a prefeita Ildislene Santana foi realizada pela 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC). Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão na sede da prefeitura e em endereços dos investigados.

Também foram executados 15 mandados de afastamento da função pública, 20 medidas cautelares e recolhimento de fianças totalizando R$ 1,6 milhão. Todas as ordens foram emitidas pelo Tribunal de Justiça.

A investigação da Polícia Civil apura contratos para locação de veículos feitos em 2017 pelas secretarias de Saúde e Educação. A polícia acredita que a locadora seja uma empresa fantasma que foi criada em 2016, logo após a prefeita vencer as eleições do seu primeiro mandato.

Os contratos finalizaram em 2021. Há indícios de fraude em licitações, uso de documentos falsos e superfaturamento. Segundo a polícia, a empresa sequer possuía frota suficiente para atender a demanda.

Ainda de acordo com as investigações, a empresa e seu proprietário movimentaram mais de R$ 23 milhões entre os anos de 2016 a 2020.

 


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