A Polícia Civil concluiu, nesta quarta-feira (17), as investigações sobre o assassinato de Cleonardo Américo da Silva, de 29 anos, morto a facadas dentro de uma unidade de saúde em Pequizeiro. Os suspeitos do crime, de 22 e 23 anos, foram indiciados por homicídio triplamente qualificado.
O crime aconteceu na segunda-feira (8). Testemunhas informaram à Polícia Militar que dois homens arrombaram a porta da unidade de sáude e deram vários golpes na região do pescoço de Cleonardo, que não resistiu. Segundo os militares, eles entraram e saíram por uma janela que fica no corredor dos fundos da unidade.
Conforme investigações, o crime foi cometido por motivo fútil, em decorrência de uma discussão anterior com a vítima. O suspeito e a vítima eram amigos de longa data, mas a relação era marcada por vários conflitos.
O suspeito disse aos policiais que na noite anterior ao crime, após fazerem uso de bebida alcoólica, ambos tiveram um desentendimento, momento em que Cleonardo pegou uma pá e partiu para cima do autor, que em legítima defesa deu uma facada no braço do agressor.
Após levar a facada Cleonardo fugiu do local, mas depois voltou e pediu ajuda ao amigo, para que o levasse ao hospital. O suspeito negou e a vítima foi buscar atendimento médico no Hospital de Pequizeiro. Depois da briga, o suspeito chegou a ir para casa e depois foi para unidade de saúde onde teria cometido o assassinato.
Por esse motivo, a Polícia Civil considerou que o ato foi praticado de forma cruel e com recurso que impossibilitou a defesa de Cleonardo, pois ele já se encontrava lesionado e estava sendo atendido pela equipe médica.
Para a polícia, os dois suspeitos agiram em conjunto, ambos portando armas brancas. Eles entraram na unidade pela janela lateral e depois percorreram várias salas até encontrarem Cleonardo, que já havia sido ferido por um dos agressores momentos antes.
Os suspeitos estão presos na Unidade Prisional de Colinas do Tocantins desde o dia 12 de abril. Segundo a Polícia Civil, eles estavam escondidos em uma kitnet no município.
O inquérito policial foi encaminhado ao Ministério Público, que analisará todas as provas coletadas para oferecer denúncia contra os responsáveis.
Caso sejam condenados, as penas deles podem chegar a mais de 30 anos de reclusão.