O Tocantins é o terceiro maior produtor de arroz no Brasil e especialistas garantem que mesmo com produção comprometida com os alagamentos no sul do país, não vai faltar o grão na mesa da população. A produção regional deve passar de 500 mil toneladas nesta safra.
Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estado só fica atrás de Rio Grande do Sul, que enfrenta uma tragédia climática que causou alagamentos nas cidades, e de Santa Catarina.
Em Palmas, uma empresa cerealista embala mais de dois mil sacos de 5kg de arroz por hora. De acordo com o empresário e produtor Ailton Dos Santos Queiroz, a maior parte do produto é colhido no Tocantins.
"Em Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão e Cristalândia. E a gente compra arroz da coorpertiva, traz para Palmas e para nossa indústria", explicou.
As máquinas ficam ligadas 24 horas por dia. O arroz que sai daqui vai para a maioria dos municípios da região norte e nordeste do Tocantins e também para outros estados.
As áreas de cultivo do grão ficam concentradas na região sul do estado. A produção está em diferentes estágios, já que as chuvas foram bem distribuídas e os produtores também contam com sistemas de irrigação.
O estado conseguiu melhorar a produtividade e o rendimento por hectare agora chega a 93 sacas. O resultado final é uma produção de 564 mil toneladas de arroz.
“Contemplamos 7% da produção nacional. Essa produção não vai para a região centro-sul, mais para norte e nordeste”, explicou José Américo Vasconcelos, diretor de agricultura, agronegócio e pecuária da Secretaria de Agricultura do Estado (Seagro).
A tragédia climática do Rio Grande do Sul, que é o principal produtor de arroz do país, levantou dúvidas sobre a possibilidade de o produto faltar, mas segundo a Seagro, não há motivo de preocupação.
“A produção do Tocantins é suficiente para todo o Tocantins, assim como norte e nordeste, que trabalhamos de forma muito forte’, afirmou José Américo.
Quem atua na produção do grão também está tranquilo com a situação.
“No final do ano que diminui um pouco a oferta e o preço sobe. Mas eu creio que vai ter o produto sim, vai ser abastecido, as coisas estão se acertando, melhorando, está com expectativa boa”, afirmou Ailton.