09/08/2024 às 06h00min - Atualizada em 09/08/2024 às 12h17min

Fumaça e baixa umidade: médicos alertam para doenças respiratórias do período seco e dão dicas para aliviar sintomas

O Tocantins registrou 5.889 focos de queimadas este ano. O g1 conversou com médicos especialistas que deram orientações para prevenção de doenças respiratórias.

- Correio do Tocantins

Baixa umidade e fumaça causa pelas queimadas marcam os meses mais quentes no Tocantins. Entre julho e outubro o estado passa pelo verão amazônico, em que há poucas chuvas e um crescimento de focos de incêndio. Por causa das queimadas e as fumaças que cobrem as cidades, várias pessoas são afetadas pelas doenças respiratórias.

Os médicos otorrinolaringologistas William Mattos e Hugo Rodrigues contaram, em entrevista, as recomendações necessárias para prevenção dessas doenças.

Segundo William, quando uma pessoa inala a fumaça, as toxinas entram pelas vias aéreas e causam inflamações no corpo.

 

"O tempo seco e quente, a fumaça com seus resíduos e também os gases atuam como tóxicos nas vias aéreas. Desde o nariz, à garganta e até os pulmões, causando inflamação e aumentando as chances de doenças respiratórias. Essas doenças são a asma, rinite, sinusite, viroses respiratórias e infecções de garganta. As queixas são geralmente de nariz entupido, secreção nasal, tosse, dor de garganta, espirros, falta de ar, entre outros", contou.


A inalação da fumaça nem sempre pode ser evitada, principalmente quando a área queimada acaba gerando uma grande quantidade de fumaça. Nesses casos o ideal é que a pessoa fique em um ambiente onde o ar seja filtrado, como explica Hugo.
 

"A recomendação é que o paciente não fique próximo do foco do incêndio, onde tem o maior volume de fumaça, né? Mas se a cidade estiver coberta de fumaça, a gente sempre recomenda que ele fique no lugar onde o ar que ele está respirando seja filtrado. O ar condicionado tem um filtro que ajuda nisso aí. Porém, nós sabemos que o ideal é que houvesse uma renovação de ar natural e que a cidade ou o local onde ele está não estivesse com tanta fumaça, né? E isso vai fazer com que ele tenha uma piora do quadro respiratório", disse.


Com esse cenário, os principais afetados são as crianças e idosos. Por isso o cuidado deve ser redobrado.
 

"Nós observamos um maior número de crises e de quadros mais graves, então a gente se preocupa muito com as crianças e com os idosos e aí a gente recomenda que os pais e os cuidadores desses idosos, os pais das crianças e os idosos, e a qualquer piora do quadro respiratório, procure ajuda médica", explicou Hugo.


Hidratação e boa alimentação são essenciais para evitar doenças nesse período mais seco. O otorrino também recomenda o uso de umidificadores de ar.
 

"Nós sempre pedimos nessa época do ano, de seca, que o paciente se hidrate bastante, coma muitas frutas, que também é fonte de água, e usar um umidificador de ar. Aquela pessoa que não tem umidificador de ar, a gente sempre pede para colocar bacias/baldes de água no quarto para ajudar na umidade", explicou.


Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre 1º de janeiro a 7 de agosto deste ano foram registrados 5.889 focos de queimadas. Número maior se comparado ao mesmo período em 2023, que foram contabilizados 4.312 focos. Segundo o instituto, somente na primeira semana de agosto foram registrados 356 focos.

No último final de semana, os bombeiros concluíram trabalhos de combate a incêndios florestais na região da Área de Proteção Ambiental (APA) na Serra do Lajeado. A operação iniciou no dia 2 de agosto, através de monitoramento feito por imagem de satélite.

Nesta sexta-feira (9), o Tocantins tem alerta de baixa umidade emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O alerta amarelo significa perigo potencial.

 


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