A Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) confirmou nesta quarta-feira (23) mais quatro casos de sarampo no município de Campos Lindos, elevando para seis o total de infectados em 2025. As novas confirmações envolvem duas mulheres, de 15 e 24 anos — estudante e doméstica — e dois homens, de 21 e 27 anos — estudante e mecânico. Todos apresentaram sintomas clássicos da doença e têm histórico de contato com os primeiros casos registrados.
Os pacientes seguem em cuidados domiciliares. Nenhum deles havia sido vacinado contra a doença, o que reforça o alerta das autoridades para a importância da imunização. Amostras adicionais foram enviadas à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para confirmação laboratorial definitiva.
Para conter o avanço do surto, a Sesau intensificou as ações de vigilância em parceria com o Ministério da Saúde e a prefeitura de Campos Lindos. Dez profissionais atuam em campo com medidas como rastreamento de contatos, vacinação de pessoas expostas e orientações sobre isolamento domiciliar. A pasta também encaminhou nota técnica aos 139 municípios tocantinenses, com instruções detalhadas para reforço das estratégias de prevenção.
Segundo a nota, o sarampo é uma infecção viral altamente contagiosa, transmitida por vias aéreas, como tosse e espirro. Os sintomas incluem febre alta, manchas vermelhas no corpo, tosse, coriza e conjuntivite. Casos mais graves podem evoluir para pneumonia, encefalite e até óbito.
A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A cobertura vacinal no Tocantins segue abaixo do ideal: em 2024, 93% receberam a primeira dose, mas apenas 80% completaram o esquema com a segunda. Em 2025, os números caíram ainda mais — 86% com a primeira dose e somente 55% com a segunda, quando o recomendado pelo Ministério da Saúde é de, no mínimo, 95%.
Mais de 300 salas de vacinação no estado estão abastecidas com o imunizante, e a recomendação é que todos entre 12 meses e 59 anos estejam vacinados. Em áreas com casos confirmados, crianças entre seis meses e um ano também devem ser vacinadas preventivamente.
Além da vacinação, a Sesau recomenda o isolamento de casos suspeitos ou confirmados por ao menos quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas. A orientação é evitar escolas, locais de trabalho e contato com grupos vulneráveis, como crianças pequenas e gestantes.
A população também deve reforçar medidas de higiene, como lavar as mãos com frequência, usar lenços descartáveis ao espirrar ou tossir, e manter o ambiente ventilado e limpo.
A SES-TO reforça que não existe tratamento específico para o sarampo. O manejo clínico é feito com medicamentos para aliviar os sintomas, e casos suspeitos devem buscar atendimento médico imediato.
Denúncias ou dúvidas podem ser encaminhadas às autoridades de saúde locais, e informações oficiais estão disponíveis nos canais da Secretaria de Estado da Saúde.