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PF liga Eduardo Gomes a investigação sobre desvio de emendas; senador nega irregularidades

Senador disse que homem citado no relatório não é funcionário do gabinete.

- Correio do Tocantins
10/02/2025 13h36 - Atualizado há 1 mês
4 Min

A Polícia Federal pediu a abertura de inquérito para apurar suspeita de desvios relacionados a emendas parlamentares do senador Eduardo Gomes (PL-TO) que teriam sido direcionadas para o Maranhão. Ele nega quaisquer irregularidades e disse que não enviou nenhuma emenda individual para o referido estado.

Gomes é o atual 1º vice-presidente do Senado e foi líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional. Em 2019, foi um dos senadores que atuou na relatoria do orçamento naquele ano.

O pedido da PF se deu dentro do inquérito da Operação Emendário, que mirou três deputados do PL denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Ao analisar aparelhos eletrônicos apreendidos durante a investigação, a PF encontrou mensagens em que um ex-assessor de Eduardo Gomes cobra o pagamento de valores de Carlos Lopes, secretário parlamentar do deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA).

Carlos Lopes é identificado pela PF como o responsável pela elaboração de ofício e planilhas, bem como pela articulação de emendas com outros parlamentares sob o comando de Josimar Maranhãozinho.

Na troca de mensagens, de fevereiro de 2022, Carlos Lopes fala com uma pessoa identificada como “Lizoel Assessor” e é cobrado a respeito de um pagamento. Eduardo Gomes tem um ex-assessor chamado Lizoel Bezerra.

“Eles aparentemente tratavam sobre porcentagens de emendas destinadas pelo Senador, sob a gestão do dep. federal Maranhãozinho. Trata-se exatamente do mesmo modus operandi ora investigado, somente trocando quem eram os parlamentares dirigidos pelo dep. federal Maranhãozinho”, diz a PF sobre as mensagens.

Segundo a PF, a cobrança feita por Lizoel Bezerra é de um “saldo devedor” de R$ 1,3 milhão, dos quais o ex-assessor do senador pedia que fossem pagos ao menos R$ 150 mil naquele momento por causa de uma suposta viagem.

No dia 17 de fevereiro de 2022, Lizoel enviou para Carlos Lopes: “Bom dia amigo. Me dá uma posição. Homem tá na agonia. Pagar contas e viajar”.

A PF indica que o tal homem agoniado é Eduardo Gomes, porque Lizoel Bezerra envia um print de uma conversa com um interlocutor com o nome do senador e cuja foto do perfil é do mapa do estado de Tocantins – por onde Gomes foi eleito.

 

Diante das hipóteses envolvendo o senador, a PF encaminhou o relatório à PGR sugerindo que os indícios encontrados serviriam para subsidiar a abertura de nova investigação mais detida no envolvimento do parlamentar.

“Em que pese ser um encontro fortuito de provas, que, salvo melhor juízo, deve ser investigado em outro procedimento, destaca-se neste momento porque corrobora a hipótese aventada de rateio de valores de emendas parlamentares”, diz a PF.

Após o pedido, a PGR, em despacho de agosto de 2024, mandou extrair o relatório da PF da Operação Emendário e iniciar “petição autônoma destinada à realização de diligências preliminares”.

O que diz o senador

Questionada, a assessoria de Eduardo Gomes afirmou que, como líder do governo Bolsonaro e relator parcial do orçamento, o senador destinou recursos para vários estados, incluindo o Maranhão.

Segundo a assessoria, a única emenda individual que o senador destinou para outro estado que não seja o Tocantins foi quando da calamidade que assolou o Rio Grande do Sul. A indicação teria sido no valor de R$ 1 milhão.

Sobre Lizoel Bezerra, a assessoria disse que ele trabalhou como motorista em campanhas políticas do senador, e não é funcionário do gabinete no senado.


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