Um princípio de motim foi registrado no Presídio de Cariri do Tocantins, no sul do estado, no último fim de semana. A revolta dos detentos foi motivada pela suspensão das visitas íntimas, uma medida adotada em meio à mobilização dos policiais penais por melhores condições de trabalho. Apesar da tensão, a equipe de segurança plantonista conseguiu conter a situação sem registro de feridos.
De acordo com a Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju), a mobilização da Polícia Penal tem impactado diretamente a rotina dos presídios, refletindo na redução do efetivo disponível para plantões extras e na imposição de novas regras que afetam a população carcerária. Além da suspensão das visitas íntimas, outras medidas adotadas incluem a retirada dos servidores administrativos das funções de carceragem, a proibição da entrada de cigarros nos presídios e a utilização de uniformes alternativos como forma de protesto.
O Sindicato dos Policiais Penais do Estado do Tocantins (SINDIPPEN-TO) denuncia que a categoria enfrenta dificuldades crescentes devido à falta de efetivo, infraestrutura precária e à ausência de regulamentação da carreira. Segundo representantes do sindicato, a situação nos presídios pode se deteriorar ainda mais caso não haja um avanço nas negociações com o governo estadual.
Especialistas em segurança alertam que a continuidade do impasse pode desencadear novas revoltas em outras unidades prisionais, ampliando o risco de instabilidade no sistema penitenciário tocantinense. Enquanto isso, a categoria segue mobilizada e aguarda uma resposta oficial do governo sobre as reivindicações.