Os professores da rede municipal de Barrolândia suspenderam suas atividades nesta segunda-feira (17) em protesto contra a falta de diálogo com a gestão do prefeito João do Supergiro. A mobilização foi decidida em assembleia da categoria, que aguarda resposta do gestor municipal sobre um ofício protocolado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (Sintet) desde o dia 6 de fevereiro.
Pela manhã, aproximadamente 30 professores participaram de um ato público em frente ao Paço Municipal, seguido por uma caminhada pelas ruas da cidade. No entanto, a adesão foi limitada, já que professores em estágio probatório e um grande número de profissionais contratados seguiram em atividade.
Segundo o Sintet, a grande quantidade de contratos temporários tem impactado negativamente os professores efetivos, principalmente os mais antigos. Muitos não conseguem ampliar a jornada para 40 horas e acabam recebendo abaixo do piso salarial, uma vez que a prefeitura ainda não realizou a atualização dos valores definidos nacionalmente. Relatos apontam que professores efetivos com 20 horas de trabalho estão recebendo menos da metade do piso salarial como vencimento base.
Entre as principais reivindicações da categoria estão a ampliação da carga horária para 40 horas, a recomposição das perdas salariais conforme o reajuste do custo aluno ano definido pelo Ministério da Educação (MEC), a regularização do pagamento das progressões em atraso e a manutenção dos direitos adquiridos, incluindo os níveis da carreira previstos no Plano de Cargos e Carreiras.
Diante da falta de retorno da gestão municipal, o Sintet convocou uma nova assembleia para definir os próximos passos da mobilização.
“A luta pela valorização dos trabalhadores da educação continua”, afirmou o presidente do Sintet Regional de Miracema, Iata Anderson, ressaltando a necessidade de avanço nas negociações para garantir melhores condições aos profissionais da educação do município.
