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Todos os oito deputados federais do Tocantins apoiam anistia a envolvidos nos atos de 8 de janeiro

Por Thiago de Castro - Correio do Tocantins
22/03/2025 21h17 - Atualizado há 1 semana
4 Min

A bancada federal do Tocantins na Câmara dos Deputados declarou apoio ao projeto de lei que propõe anistiar pessoas envolvidas nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas por manifestantes. A proposta também abrange outros protestos realizados em rodovias e em frente a quartéis, a partir de 30 de outubro de 2022.

Os oito deputados federais do Tocantins que apoiam o projeto são Antonio Andrade (Republicanos), Eli Borges (PL), Filipe Martins (PL), Ricardo Ayres (Republicanos), Alexandre Guimarães (MDB), Vicentinho Júnior (PP), Carlos Gaguim (União) e Lázaro Botelho (PP).

O texto da proposta prevê anistia a manifestantes, caminhoneiros, empresários e demais participantes dos atos que tenham ocorrido em qualquer local do território nacional, entre a data do segundo turno das eleições de 2022 e a entrada em vigor da eventual lei. O ex-presidente Jair Bolsonaro, embora inelegível até 2030, não é beneficiado diretamente pelo projeto, mas integrantes da oposição defendem a ampliação da medida.

Tramitação e impasses

Durante reunião de líderes partidários realizada na quinta-feira (20), houve expectativa de que o Partido Liberal (PL) apresentasse um requerimento de urgência para acelerar a tramitação do projeto. Esse mecanismo permitiria a votação direta no plenário da Câmara, sem a necessidade de análise prévia nas comissões.

O pedido, no entanto, não foi formalizado, devido à falta de consenso com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). A divergência entre os líderes partidários resultou no adiamento da decisão.

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) manifestou posicionamento contrário ao projeto durante a reunião. Diante do impasse, o presidente da Câmara se retirou do encontro antes do encerramento, sem definir os próximos passos da tramitação.

Aliados do PL cogitam obstruir os trabalhos legislativos caso o pedido de urgência não avance. Hugo Motta estuda criar uma comissão especial para discutir o tema antes da votação em plenário.

Próximos passos

Na próxima semana, o presidente da Câmara acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem oficial ao Japão. Durante sua ausência, o vice-presidente da Casa, Altineu Côrtes (PL-RJ), assumirá interinamente os trabalhos. Côrtes afirmou que não há previsão de pautar o requerimento de urgência durante esse período.

A proposta de anistia segue em debate no Congresso Nacional e ainda não há previsão para votação.

Linha do Tempo – Projeto de Anistia aos Envolvidos nos Atos de 8 de Janeiro

  •  30 de outubro de 2022

Segundo turno das eleições presidenciais. A partir desta data, iniciam-se protestos em rodovias e em frente a quartéis em diversas regiões do país.

  •  8 de janeiro de 2023

Sedes dos Três Poderes (Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal) são invadidas por manifestantes, em Brasília.

  •  Início de 2024

Começam a circular no Congresso propostas de anistia a manifestantes e envolvidos nos atos pós-eleição de 2022.

  •  Março de 2024

Ganha força no Parlamento a articulação para votar um projeto de anistia. Parlamentares da oposição lideram o movimento.

  •  20 de março de 2024

Durante reunião de líderes na Câmara dos Deputados, havia expectativa de apresentação de um requerimento de urgência para acelerar a tramitação. O pedido não foi formalizado por falta de acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta.

  •  Semana seguinte (prevista)

Hugo Motta viaja ao Japão em missão oficial com o presidente Lula. Vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), assume os trabalhos. Há especulações sobre movimentações para pautar o requerimento de urgência nesse período, embora Côrtes tenha negado essa intenção.


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