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Justiça decreta prisão preventiva de mulher suspeita de envenenar família com ovo de Páscoa em Imperatriz

Por Thiago de Castro - Correio do Tocantins
19/04/2025 11h40 - Atualizado há 14 horas
4 Min

A Justiça do Maranhão decretou, nesta sexta-feira (18), a prisão preventiva de Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, principal suspeita de envenenar três pessoas da mesma família com um ovo de Páscoa entregue por um motoboy em Imperatriz, região sul do estado. A criança Luís Fernando, de 7 anos, morreu após ingerir o chocolate. A mãe dele, Mirian Lira, e a irmã, Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, permanecem internadas em estado grave.

A prisão foi determinada durante audiência de custódia realizada na tarde desta sexta-feira e, com a decisão, Jordélia será transferida do presídio de Santa Inês para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, onde ficará à disposição da Justiça.

Segundo a Polícia Civil do Maranhão, a suspeita seria movida por ciúmes e vingança, já que é ex-companheira do atual namorado de Mirian, uma das vítimas. Em depoimento, Jordélia confessou ter comprado o chocolate, mas nega a inserção de qualquer substância tóxica no alimento.

As investigações apontam uma série de evidências que ligam a mulher ao crime. Imagens de câmeras de segurança, comprovantes de compras e depoimentos de familiares ajudaram a traçar os passos da suspeita antes e depois do envenenamento.

Indícios reunidos pela investigação

  • Hospedagem em hotel: Jordélia, que reside em Santa Inês, esteve hospedada em Imperatriz na noite do crime, dia 16 de abril. Imagens registraram a presença dela na recepção de um hotel.

  • Compra disfarçada: No mesmo dia, ela foi flagrada por câmeras de uma loja de chocolates comprando o ovo de Páscoa, disfarçada com peruca e óculos escuros.

  • Ligação misteriosa: Após a entrega do chocolate, Mirian recebeu uma ligação de uma mulher perguntando se o ovo havia chegado. A interlocutora não se identificou, mas disse que Mirian "saberia" quem ela era.

  • Material apreendido: No momento da prisão, Jordélia portava duas perucas, restos de chocolate e bilhetes de passagens usados na viagem.

Situação das vítimas

A sequência dos envenenamentos começou logo após o consumo do ovo de Páscoa, entregue na noite de quarta-feira (16). O menino Luís Fernando foi o primeiro a passar mal e, após ser levado ao Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), não resistiu e morreu horas depois.

Enquanto acompanhava o filho no hospital, Mirian também começou a apresentar sintomas de intoxicação, como escurecimento das mãos e dificuldade respiratória. Ela foi entubada e encaminhada para a UTI. Pouco depois, a filha, Evelyn, também deu entrada na unidade hospitalar com quadro semelhante.

Laudos e perícias

Amostras dos chocolates foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística para identificar a presença de substâncias tóxicas. A expectativa é que o laudo técnico fique pronto em até 10 dias. A perícia também solicitou a análise do sangue das vítimas e dos materiais apreendidos com a suspeita.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Manoel Almeida, os elementos reunidos até o momento são consistentes para atribuir a autoria do crime à suspeita. “Temos provas suficientes para apontar Jordélia como autora. Resta agora identificar o tipo de veneno utilizado para robustecer o inquérito”, afirmou o delegado.

O caso segue sob investigação e causou forte comoção em Imperatriz e em todo o estado. A polícia trabalha com a possibilidade de tentativa de triplo homicídio qualificado, sendo um consumado e dois tentados.

 


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