O prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues, se pronunciou publicamente sobre a greve deflagrada por parte dos servidores concursados da educação do município. Em vídeo divulgado nesta sexta-feira, 10, o gestor classificou a paralisação como “desnecessária” e reiterou que sempre esteve aberto ao diálogo com a categoria, por meio do sindicato representante dos trabalhadores.
“Quem me conhece sabe o quanto eu tenho disposição para o diálogo. Não faço compromissos que não posso cumprir e corro atrás do que prometo”, afirmou Wagner. Ele também destacou que reuniões com o sindicato chegaram a ser marcadas, mas, segundo ele, a entidade optou pelo caminho da paralisação.
Durante o pronunciamento, o prefeito enfatizou os investimentos realizados pela atual gestão na área da educação.
“Nunca se investiu tanto em educação em Araguaína”, afirmou. Entre as ações citadas, Wagner mencionou a climatização de todas as unidades escolares, inclusive na zona rural, a expansão do ensino em tempo integral e a recente inauguração da creche Gardeni Mota, com capacidade para mais de 230 crianças em regime integral.
O gestor também salientou que os professores da rede municipal recebem o terceiro melhor salário do país, superior, inclusive, ao praticado por instituições da rede privada. “Pagamos salário digno e em dia”, pontuou.
Sobre as reivindicações da categoria, Wagner reconheceu a defasagem no atual Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da educação e informou que o processo de atualização está em andamento.
“Está sendo reestruturado com bom senso e dentro da capacidade financeira do município”, afirmou.
Aos pais de alunos, o prefeito assegurou que os dias letivos afetados pela paralisação serão devidamente repostos, conforme determina a legislação. Por fim, Wagner Rodrigues fez um apelo direto aos profissionais da educação para que retornem às salas de aula. “Se isso não ocorrer, farei imediatamente a contratação emergencial de professores.
Não deixarei nenhuma criança fora da sala de aula ou da creche”, concluiu.
A greve, iniciada após assembleia organizada pelo Sintet, tem como principais pautas o pagamento de progressões, a efetivação do 1/3 de hora-atividade e a implementação de um novo PCCR para os servidores administrativos. Até o momento, não há previsão de encerramento da paralisação.