Em pronunciamento realizado na tarde desta terça-feira (13) na Assembleia Legislativa do Tocantins, o deputado estadual Dr. Danilo Alencar (PSD) manifestou preocupação com o funcionamento do sistema de regulação de leitos hospitalares no estado. Segundo o parlamentar, falhas no fluxo de transferências e a ausência de estrutura em unidades regionais estariam comprometendo a qualidade do atendimento a pacientes em estado grave.
Durante o discurso, Alencar relatou episódios envolvendo pacientes com suspeita de infarto e traumatismo craniano que, segundo ele, enfrentaram longos deslocamentos entre municípios até serem encaminhados ao Hospital Geral de Palmas (HGP). O deputado questionou a razão pela qual pacientes de cidades como Araguacema ou Luzimangues precisariam passar por unidades intermediárias, como o Hospital Regional de Paraíso ou o de Porto Nacional, mesmo quando esses locais não possuem unidades de terapia intensiva (UTI) ou tomógrafos.
“Estamos perdendo o tempo ouro do paciente”, disse o parlamentar, ao relatar o caso de uma paciente que teria aguardado mais de 24 horas por um leito de UTI em Paraíso. Ele destacou ainda a demora nos processos de regulação durante feriados e finais de semana, o que, segundo sua avaliação, pode ter contribuído para agravamento de quadros clínicos.
O deputado também cobrou a instalação de leitos de UTI em hospitais regionais como o de Paraíso, mencionando que já existe espaço físico para isso, mas que a ausência de equipamentos como tomógrafos impede a efetivação da medida.
“É necessário avaliar a destinação dos equipamentos utilizados durante a pandemia de Covid-19, como respiradores e monitores, para reforçar a estrutura das unidades fora da capital”, afirmou.
Ao final do pronunciamento, o parlamentar solicitou que os responsáveis pela regulação do Estado revisem os protocolos e proponham mudanças no fluxo atual de encaminhamento de pacientes graves. A proposta, segundo ele, é garantir mais agilidade e segurança nos atendimentos de urgência e emergência.
A Secretaria de Estado da Saúde ainda não se manifestou oficialmente sobre os pontos