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Tocantins registra alta em casamentos e nascimentos, mas mantém índice elevado de mortes violentas, aponta IBGE

Por Iara M. Coelho de Castro - Correio do Tocantins
17/05/2025 12h50 - Atualizado há 13 horas
4 Min

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (17) os dados da Pesquisa de Estatísticas do Registro Civil referente ao ano de 2023, revelando tendências significativas na dinâmica demográfica do Tocantins. Entre os destaques estão o aumento no número de nascimentos e casamentos, mudanças no perfil das mães, crescimento dos divórcios e um preocupante índice de óbitos por causas externas.

Estado tem maior crescimento percentual de nascimentos do país

Embora tenha registrado o quarto menor número absoluto de nascimentos entre os estados brasileiros — 22.959 crianças nascidas vivas — o Tocantins liderou o crescimento proporcional, com uma variação positiva de 3,4% em relação ao ano anterior.

Os meses de março, abril e maio concentraram 26,8% dos nascimentos, com abril sendo o mais expressivo (2.089). A maioria dos partos (97,6%) foi de filhos únicos, com gestações múltiplas representando menos de 2% dos casos.

Em relação ao perfil das mães, mais da metade (51%) tinha entre 20 e 29 anos. No entanto, chama atenção o número de adolescentes: 3.460 partos foram de mães com até 19 anos, incluindo 174 meninas com 15 anos ou menos.

Casamentos em alta, especialmente entre casais do mesmo sexo

No campo das uniões civis, o estado também apresentou crescimento: foram 7.306 casamentos registrados em 2023, um aumento de 2,15% em comparação a 2022. O dado mais expressivo está nas uniões homoafetivas: casamentos entre homens saltaram de 2 para 16, enquanto entre mulheres passaram de 8 para 14.

A idade média dos cônjuges na primeira união também aumentou. Homens solteiros casaram, em média, aos 32,5 anos e mulheres, aos 29,8. A maioria dos casamentos ocorreu entre pessoas de 25 a 29 anos.

Divórcios: aumento, guarda compartilhada e duração média das uniões

O Tocantins registrou 3.411 divórcios em 2023, também acima do total do ano anterior (3.319). O tempo médio de duração dos casamentos desfeitos foi de 12,6 anos, pouco abaixo da média nacional (13,8). Mais da metade das separações (52,8%) ocorreram em casamentos com menos de 10 anos.

Pela primeira vez desde o início da série histórica em 2014, a guarda dos filhos menores ficou, majoritariamente, sob responsabilidade conjunta dos ex-cônjuges: 51,9%, superando os 39,7% de casos em que a mulher ficou exclusivamente responsável.

Mortes: Tocantins tem maior índice de óbitos por causas não naturais

Em 2023, foram registradas 8.545 mortes no estado — uma queda de 5,4% em relação a 2022. Entretanto, o Tocantins foi o segundo estado com maior proporção de óbitos por causas externas (não naturais), com 12,6% do total, atrás apenas do Amapá. Entre essas mortes, 83% foram de homens.

Idosos foram a maioria dos falecidos: 62,4% das vítimas tinham 60 anos ou mais, sendo 1.505 com mais de 85 anos.

Sub-registros persistem, especialmente entre crianças e idosos

A pesquisa do IBGE também chama atenção para os índices de sub-registro e subnotificação, que ainda impactam a confiabilidade dos dados vitais. No Tocantins, o sub-registro de nascimentos foi de 1,66% e o de óbitos chegou a 5,76%.

O maior índice de sub-registro foi entre crianças de 1 a 4 anos (13,7%). No recorte por sexo, a situação mais grave entre os meninos foi na mesma faixa (15%), enquanto entre as meninas o maior percentual ocorreu entre 5 e 9 anos (15,48%).

Essas defasagens comprometem a formulação de políticas públicas adequadas, que afetam diretamente os indicadores de mortalidade infantil, expectativa de vida e outros parâmetros essenciais.

Um retrato mais claro da realidade tocantinense

A Pesquisa de Estatísticas do Registro Civil é um dos principais instrumentos para compreender a evolução demográfica e social dos estados brasileiros. No caso do Tocantins, o levantamento de 2023 mostra avanços em algumas áreas, como o crescimento de registros civis e o aumento das uniões homoafetivas, mas também revela desafios persistentes, como a violência letal, a maternidade precoce e o sub-registro de dados vitais — aspectos que exigem atenção das autoridades e da sociedade.


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