O Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO) instaurou, em 4 de agosto de 2025, um Inquérito Civil Público para apurar possíveis irregularidades em um contrato de locação de veículos firmado pela Prefeitura de Filadélfia com uma empresa registrada como imobiliária e construtora. A investigação também inclui suspeitas de acúmulo ilegal de cargos públicos envolvendo o irmão do prefeito Davi Bento (PP).
A apuração foi aberta após denúncia anônima encaminhada à Ouvidoria do MPTO, que apontou indícios de improbidade administrativa, peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e acúmulo irregular de funções. Conforme as informações preliminares, o irmão do gestor seria servidor público no Estado de Goiás e, ao mesmo tempo, ocuparia cargo na Prefeitura de Filadélfia.
O caso é conduzido pelo promotor de Justiça Pedro Jainer Passos Clarindo da Silva e tem como objetivo verificar se houve dano ao erário, enriquecimento ilícito ou violação aos princípios da administração pública, conforme a Lei nº 8.429/1992, a Lei de Improbidade Administrativa.
Para aprofundar as investigações, o MPTO determinou uma série de diligências, incluindo:
Reiteração de ofícios a órgãos do Estado de Goiás, como o Tribunal de Justiça e as Secretarias de Administração e de Educação, para confirmar os vínculos funcionais do investigado;
Solicitação à Junta Comercial do Tocantins (JUCETINS) da ficha cadastral completa da empresa contratada, com prazo de 15 dias para resposta;
Requisição ao Município de Filadélfia das cópias do processo licitatório, notas fiscais, comprovantes de pagamento e relatórios de fiscalização referentes ao contrato de locação, no prazo de 20 dias, sob pena de adoção de medidas legais.
Segundo o MPTO, a investigação busca assegurar transparência e correta aplicação dos recursos públicos, reafirmando o compromisso da instituição com a ética e a legalidade na gestão municipal.