O som do martelo da juíza Nely Alves da Cruz encerrou, na tarde desta terça-feira (12), um julgamento que prendeu a atenção de todos no Salão do Júri Popular de Colinas. O pedreiro Valmir Carlos de Souza, acusado de matar Ivan da Silva Correia foi absolvido pela maioria dos jurados, após horas de debates e reconstituição dos fatos.
O caso, que se arrastava desde 2014, começou com uma acusação de homicídio qualificado. Durante o julgamento, o promotor de Justiça Caleb de Melo Filho retirou as qualificadoras e manteve apenas a acusação de homicídio simples. A defesa, feita pelos advogados Leonardo Almeida e Wagner Nascimento, sustentou que o réu agiu acreditando estar se defendendo e pediu a absolvição.
A decisão dos jurados foi dividida: reconheceram que o crime ocorreu e que o pedreiro foi o autor, mas optaram pela absolvição. Essa resposta, dada no último e mais importante quesito, selou o destino do julgamento.
Com o veredito soberano, a juíza determinou o encerramento do processo, isentou o réu de custas e ordenou a atualização dos registros junto ao Instituto de Identificação do Estado do Tocantins.
O julgamento, que terminou por volta das 15h40, teve momentos tensos e olhares atentos de familiares, advogados e representantes do Ministério Público. Assim, chegou ao fim um processo que, por mais de uma década, esteve no centro de conversas e expectativas na comunidade de Colinas.