A Polícia Civil do Tocantins deflagrou na manhã desta terça-feira (26) a Operação Wrong Shot, que resultou na prisão de quatro pessoas suspeitas de participação no atentado ocorrido em Palmas no início do ano e que deixou uma criança de apenas 5 anos gravemente ferida. Também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão.
Foram presos A.M.S., de 34 anos, identificado como atirador e um dos idealizadores do crime; G.S.C., de 32 anos, companheira dele e apontada como autora intelectual, responsável ainda por dar cobertura na fuga; H.J., de 41 anos, acusado de fornecer a arma utilizada no ataque; e H.F.D., de 25 anos, piloto da motocicleta usada na ação criminosa.
As investigações revelaram que G.S.C. usou o próprio carro durante a fuga, levando junto seus dois filhos menores de idade, numa tentativa de evitar suspeitas em caso de abordagem policial.
O atentado aconteceu no dia 6 de janeiro de 2025, na região norte de Palmas. A criança brincava em frente de casa quando foi atingida na cabeça pelos disparos feitos de uma motocicleta em movimento. O veículo, segundo as apurações, pertencia ao filho de G.S.C.
Imagens de câmeras de segurança, laudos técnicos e mensagens recuperadas dos celulares dos suspeitos comprovaram o planejamento do crime e a repercussão entre eles após o ataque não atingir o alvo pretendido.
De acordo com as investigações, o atentado foi uma retaliação a um episódio anterior. Em 15 de dezembro de 2024, um homem de 38 anos, tio da criança baleada, havia sido alvo de disparos também na região norte da capital. Familiares dele acusaram o casal de envolvidos nas redes sociais, o que teria motivado a vingança. O verdadeiro alvo dos disparos de janeiro era o irmão mais velho da criança ferida, autor das postagens contra os suspeitos.
O delegado Eduardo Menezes, responsável pelo caso, destacou a importância das prisões:
“Trata-se de um crime de extrema gravidade, que abalou toda a sociedade palmense. O trabalho técnico da Polícia Civil conseguiu comprovar a participação direta e indireta de todos os envolvidos, garantindo que agora respondam à Justiça sob custódia”, afirmou.