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Cânion da Ilha Negra atrai turistas, mas área é restrita e acesso é proibido, alerta UHE Lajeado

Investco alerta que a presença no local oferece risco de vida e pode causar danos ambientais.

Redação - Correio do Tocantins
29/09/2025 14h44 - Atualizado há 12 horas
3 Min

A beleza do Cânion da Ilha Negra, situado nas proximidades da Usina Hidrelétrica (UHE) Lajeado, tem despertado a curiosidade de turistas e moradores da região. Mas, de acordo com a Investco, concessionária responsável pela operação da usina, o local está em área de acesso restrito e não pode ser visitado pelo público.

Segundo a empresa, o cânion faz parte da zona operacional da usina, regulada por normas como a Lei nº 12.334/2010 (Política Nacional de Segurança de Barragens), a Resolução Normativa ANEEL nº 1.064/2023 e o Código Florestal. Essas normas determinam que determinadas regiões ao redor das barragens sejam classificadas como áreas de segurança, com circulação proibida para garantir a integridade das operações e a preservação ambiental.

Risco de acidentes e variação do nível do rio

O gestor executivo da UHE Lajeado, Edson Caldeira, explica que a proibição tem caráter legal e preventivo.

 

“O Cânion da Ilha Negra está inserido no leito do rio, em área de operação da usina, e a presença de pessoas é proibida por lei. Essa medida protege vidas e garante o funcionamento seguro da usina, além de preservar a vegetação nativa das margens”, afirma.

 

Caldeira alerta que o nível do rio pode variar rapidamente de acordo com as demandas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

 

“Essas manobras podem provocar correntes fortes, sucção e choque hidráulico de forma repentina. É uma zona de risco, e a lei exige a delimitação e sinalização dessas áreas”, explica.

 

Além da água, há ainda risco de quedas em pedras escorregadias e outros acidentes.

 

“Não é apenas uma questão técnica da operação, mas um cuidado com a vida das pessoas, que muitas vezes desconhecem os perigos”, completa.

 

Proteção ambiental e combate a crimes

O cânion está localizado em uma Área de Preservação Permanente (APP), o que reforça a proibição. A presença humana sem autorização pode causar danos ambientais, como pesca irregular, caça, retirada de vegetação e outros crimes ambientais.

 

“Nossa responsabilidade é zelar pelo patrimônio natural. As restrições evitam a degradação, protegem fauna e flora e contribuem para a sustentabilidade do reservatório”, afirma o gestor.

 

Fiscalização e alternativas de visitação

O perímetro do cânion é demarcado com placas e boias. A fiscalização conta com apoio da Marinha, Polícia Ambiental e prefeituras, e quem desrespeitar a proibição está sujeito a sanções administrativas e criminais.

Para quem deseja conhecer a UHE Lajeado, a Investco mantém um programa de visitas guiadas, realizado às quintas-feiras, mediante agendamento prévio. Nessas visitas, estudantes, pesquisadores e comunidade podem conhecer áreas externas e seguras da usina, além de aprender sobre geração de energia e sustentabilidade.

 

“A população pode e deve aproveitar o lago e seus atrativos, mas sempre respeitando os limites de segurança. As restrições existem para proteger vidas, o meio ambiente e a operação da usina”, conclui Caldeira.


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