09/05/2022 às 21h43min - Atualizada em 10/05/2022 às 10h46min

Quantidade de latrocínios, estupros e homicídios aumenta no Tocantins

Especialistas afirmam que investimento em políticas públicas podem contribuir para a diminuição desses crimes.

- Correio do Tocantins


O último balanço feito pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) mostra que houve uma leve redução nos crimes violentos, de uma forma geral, nos quatro primeiros meses de 2022. Só que neste mesmo período os crimes de homicídio, latrocínios e estupros tiveram aumento. O número de feminicídios continua o mesmo de 2021, mas para especialistas ainda é um dado preocupante.

“O feminicídio no Tocantins tem sim se destacado. É também um crime das relações humanas e nós precisamos ver o quanto a pandemia influenciou nisso, por essas pessoas estarem dentro de casa e ficarem ainda mais emocionalmente abaladas”, explicou a advogada criminalista Cristiane Mezzaroba.


Para quem sofreu com esse crime a dor é permanece. Luiz Paulo é filho da professora Elisabete Figueredo, morta em junho de 2021 na cidade de Pequizeiro, e não passa um dia sem sentir a perda da mãe.

“É muito difícil. É um sentimento que a gente não acostuma porque eu estava lá no dia e no outro eu viajo e recebo a notícia que ela foi morta dessa forma. Então a gente fica sem acreditar. Parece que realmente não tem uma resposta pra isso”.


Os dados mostram que entre 2021 e 2022 o número de crimes violentos caiu de 2.937 para 2.811. Mesmo com essa redução, algumas infrações tiveram um aumento significativo. Os casos de estupros, por exemplo, aumentaram de 46 para 48, enquanto os homicídios subiram de 111 para 127 e os latrocínios dobraram, de três para seis.

Para a advogada, esses tipos de crime estão relacionados à cultura e situação econômica do país, mas podem ser prevenidos com a implementação de política públicas.

“É um crime que depende de políticas públicas muito mais voltadas às questões educacionais do que as questões de punição. A punição é necessária, óbvio, mas é preciso mudar a concepção, é preciso mudar a cabeça das pessoas e isso a gente começa com educação, com esclarecimento dentro da escola”.


Para os parentes das vítimas, resta a saudade e a busca por Justiça. É o que o Luiz Paulo deseja para o caso da mãe.

“Eu espero que a justiça seja feita, que ocorra todos os trâmites legais, seja julgado e que receba a pena que ele merecer. Apesar dele estar preso desde o acontecido, não é o suficiente. Ele tem que pagar, passar vários anos presos pra cumprir a pena e realmente a justiça ser feita por esse caso”.


* Com informações do  g1 Tocantins e TV Anhanguera
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