12/05/2022 às 15h18min - Atualizada em 12/05/2022 às 15h18min

Grupo Fienile leva o primeiro pivô para áreas sequeiras do mundo para a Agrotins 2022

Após incluir módulos led no pivô de irrigação para suplementar luz na lavoura, o próximo passo do Grupo Fienile com a Tecnologia IRRILUCE foi criar o primeiro pivô que não irriga água, irriga somente luz

- Correio do Tocantins
O Grupo Fienile levou o primeiro pivô para áreas sequeiras do mundo, ou seja, pivô que não irriga água, que irriga somente luz, para expor na Agrotins, Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins, a maior feira da região norte do país, de 10 a 14 de maio. O Diretor de Operações do Grupo Fienile, Matheus Iida estará presente e ministrará duas palestras sobre Tecnologia de Suplementação Luminosa Outdoor para Lavoras: na terça, às 15h, no Auditório Jaburu, e na quarta, às 9h50, no Auditório Canarinho.

O objetivo é levar a Tecnologia IRRILUCE para além das áreas irrigadas e promover a suplementação luminosa em lavouras de áreas sequeiras, explica o CEO do Grupo Fienile, Gustavo Alexandre Grossi, uma vez que é a mesma estrutura do pivô de irrigação, porém mais leve: “Não vai ter tubulação de água, nem o conjunto de motobombas para bombear água e com isso promove uma redução importante da matéria-prima. A estrutura só vai sustentar os módulos, gerando uma redução de peso de aproximadamente 30%, gastando por sua vez menos energia.” Pontua.

Mais leve, mais barato e mais acessível, o objetivo é aproveitar a boa distribuição de chuvas regionais para que a suplementação venha contribuir com a produtividade que vem sendo observada nos campos de áreas irrigadas.

O engenheiro agrônomo, diretor de pesquisas do Grupo Fienile, Dr. Ernane Lemes, (mestre em Fitopatologia e doutor em Fitotecnia) explica que a suplementação luminosa força o desenvolvimento radicular da planta porque acaba tendo um aumento da parte aérea, ou seja, a parte da planta que fica acima do solo cresce mais com a suplementação luminosa e em consequência também cresce mais o sistema radicular e com esse sistema mais desenvolvido a planta tem mais acesso à água e nutrientes porque ela explora melhor o volume do solo e acaba sofrendo menos com a falta de água.

“Quando faltar chuva a ideia é que a planta não reduza tanto a produtividade porque a planta vai ter a suplementação luminosa. A ideia desta suplementação é, além de aumentar a produção quando houver boa distribuição de chuva, é também evitar perda de produção quando houver falta de chuva uma vez que vai ter estimulado o sistema radicular da planta além daquilo que seria o normal para uma planta de áreas sequeiras sem a suplementação luminosa.” Explica.


O também engenheiro agrônomo e professor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Campus de Unai, MG, Dr. Alceu Linares Pádua Júnior (doutor em Produção Sustentável em Qualidade do Solo e da Água), explica a importância do sistema com suplementação luminosa sem irrigação: “Visa explorar a potencialidade do solo em relação aos seus atributos físicos, químicos, biológicos, principalmente a morfologia do solo, que é o que controla o movimento de água no perfil. Principalmente a planta vai ter uma eficiência maior com a suplementação e vai poder, dependendo do tipo de solo (que varia de acordo com a região onde é instalado o pivô), trazer uma reposta sustentável para o sistema. A planta vai ter um melhor desenvolvimento e consequentemente melhor produtividade.” Complementa.

O CEO Gustavo Alexandre Grossi explica que o Grupo Fienile tem essa atenção especial com o solo, na busca de sua estruturação utilizando remineralizadores, compostos orgânicos e produtos à base de silício (entre outros), para fazer com que essa planta tenha maior eficiência no aproveitamento de água e menor surgimento de pragas e de doenças, consequentemente tornando o sistema mais viável até pelo melhor desenvolvimento da planta e maior acúmulo de matéria orgânica no sistema, uma vez que matéria orgânica é a peça-chave para manter um sistema sustentável e de alto patamar produtivo.

“Desta maneira é importante enfatizar que entre os benefícios da Tecnologia IRRILUCE com o pivô para áreas sequeiras, senão o principal, é que este sistema promove um importante impacto na redução da utilização de água, o que cumpre a missão do Grupo, que é a de produzir mais gerando o menor impacto e preservando o meio ambiente.” Enfatiza.


A Tecnologia IRRILUCE utiliza módulos led acoplados até então ao pivô de irrigação para suplementar luz e complementar o processo de fotossíntese das plantas durante a noite trazendo inúmeros benefícios.

Assim como na cultura da cana-de-açúcar como em qualquer outra cultura Dr. Ernane explica que “é importante ter em mente que a Suplementação Luminosa é um coroamento de um trabalho em conjunto, que começa com uma consultoria com cada produtor para entender o que a área dele apresenta de possíveis fatores limitantes e o que é possível melhorar em termos de manejo, estrutura do solo, química do solo, nutrição para a planta, e o próprio modo de lidar com a lavoura, para garantir que a planta tenha plenas condições de se desenvolver quando a tecnologia de Suplementação Luminosa for instalada, porque não adiantaria posicionarmos a suplementação luminosa se a planta não tiver plenas condições de extrair nutrientes e extrair água para se desenvolver”, complementa.


Para Gustavo Alexandre Grossi é importante reforçar que o funcionamento do trabalho não consiste apenas em luz, mas que depende de todo um aparato tecnológico, desde o pivô à utilização da vazão d’água, nutrição de solo, recuperação de estrutura de solo, manejo ligado a tecnologias como remineralizadores de solo, entre outras. Isso sem falar nas pesquisas realizadas durante o processo: “Nós sempre deixamos bem claro no momento em que chegamos até o agricultor que não é somente investir na Tecnologia IRRILUCE, ou adquirir o pivô de irrigação, ou mesmo adaptar o pivô de irrigação de água que ele já possui com a tecnologia de irrigação de luz, é preciso muito mais do que isso. É preciso estar disposto a contribuir com a pesquisa, receber pesquisadores na sua propriedade para avaliar o desenvolvimento do projeto pelo menos nos três primeiros anos”, complementa Gustavo.

O Grupo Fienile é de Minas Gerais e atua em vários estados do Brasil. A Tecnologia IRRILUCE – Tecnologia de Iluminação Artificial para a lavoura – nasceu há 7 anos na fazenda do agricultor e CEO do Grupo Fienile, Gustavo Alexandre Grossi.

Ele havia percebido que uma parte da produção de soja crescia mais que todo o restante, mas ninguém soube explicar o porquê, até que durante uma caminhada à noite pela fazenda observou que a luz do poste da rodovia que margeava sua propriedade iluminava exatamente a parte que crescia mais. Desde então o Grupo Fienile não parou de dedicar-se ao estudo da luz e criou a Tecnologia IRRILUCE, Tecnologia única no mundo em iluminação outdoor, que hoje leva luz às lavouras mesmo depois que o sol já foi embora.


O Grupo Fienile está no pavilhão do Agronegócio junto com a Seagro. 
Entrevistas com: Matheus Iida, Diretor de Operações do Grupo Fienile.
 
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