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11/02/2023 às 11h31min - Atualizada em 11/02/2023 às 11h59min

Mauro Carlesse, ex-secretários e delegados viram réus por grupo de espionagem na Polícia Civil

Aparelhamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP) foi investigado pela Polícia Federal na operação Éris. Grupo criminoso seria responsável por obstruir e vazar informações sobre investigações contra o governo.

- Correio do Tocantins
O ex-governador Mauro Carlesse (Agir) e outras 14 pessoas se tornaram réus em ação penal que investiga o suposto aparelhamento da Secretaria de Segurança Pública (SSP) para obstruir e vazar informações sobre investigações contra o governo. Entre os investigados estão ex-secretários, delegados e a antiga cúpula da Polícia Civil.

O esquema foi descoberto durante a operação Éris, realizada pela Polícia Federal em outubro de 2021. Parte do grupo denunciado neste processo também é réu da ação penal da Operação Hygea, que apura corrupção e lavagem de dinheiro no plano de saúde dos servidores públicos.


As duas investigações levaram ao afastamento de Mauro Carlesse pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e posterior renúncia dele ao cargo de governador.

O relatório da operação Éris apontou que tinha sido instalada uma verdadeira central de espionagem na SSP para monitorar investigações que envolvessem o governo. O grupo seria responsável por vazar informações de operações, verificar se existiam grampos telefônicos e até forjar acusações e flagrantes contra desafetos de Carlesse.

A decisão que aceitou denúncia e fez os investigados virarem réus é da 3ª Vara Criminal de Palmas e foi publicada pelo juiz Rafael Gonçalves de Paula no dia 31 de janeiro. 

A Justiça vai apurar os crimes de obstrução de investigações penais, falsidade ideológica e denunciação caluniosa contra funcionário público.

Entre os réus estão:
  • Mauro Carlesse – ex-governador
  • Claudinei Aparecido Quaresemin – ex-secretário de Parceria e Investimentos
  • Rolf Costa Vidal – secretário da Casa Civil
  • Cristiano Barbosa Sampaio – ex-secretário de Segurança Pública
  • Raimunda Bezerra de Souza – ex-delegada-geral da Polícia Civil

Também viraram réus delegados e delegadas, ex-corregedor geral e corregedor adjunto, além do ex-secretário executivo da SSP. Parte do grupo formava a cúpula da SSP que foi afastada pelo STJ na época da investigação.

A defesa de Carlesse e Quaresemin informou, em nota, que o “processo está em seu início, a instrução com provas será realizada e ao fim será demonstrada a inocência dos dois”.

O processo contra o grupo começou no próprio STJ, mas acabou sendo enviado para justiça comum depois que Carlesse renunciou ao cargo.

“Recebo a denúncia, pois preenche os requisitos do art. 41 do Código de Processo Penal, especialmente a descrição circunstanciada dos fatos criminosos imputados às pessoas acusadas, que foram adequadamente identificadas. Como disse acima, a petição inicial está apoiada em elementos indiciários suficientes a inferir a existência de justa causa para se dar início à persecução penal”, diz a decisão do juiz Rafael Gonçalves.


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