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26/04/2023 às 23h01min - Atualizada em 26/04/2023 às 23h01min

Dono de concessionária de carros em Araguaína é um dos alvos da Polícia Federal em operação contra tráfico internacional de cocaína

Veículos da concessionária foram apreendidos e levados para sede da PF em comboio. Operação Rota Caipira cumpriu mandados de prisão e buscas em 13 estados.

Patrício Reis e Ana Paula Rehbein/G1 - Correio do Tocantins
Empresário César Trindade é investigado pela polícia — Foto: Divulgação/Redes sociais

Um dos principais suspeitos presos pela Polícia Federal durante operação contra o tráfico internacional de cocaína, nesta quarta-feira (26), foi o empresário César Trindade. Ele é dono de uma concessionária de carros em Araguaína, no norte do Tocantins.

Os veículos que estavam no estabelecimento dele foram apreendidos e levados em comboio para a sede da PF.

O empresário foi uma das 28 pessoas que tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça Federal do Tocantins na operação Rota Caipira. A investigação apura o contrabando de cocaína de países andinos para os estados Pará, Tocantins e Maranhão, por meio de aeronaves adaptadas. Durante a manhã foram cumpridos mandados em 13 estados.
 

A polícia acredita que César Trindade seria financiador do tráfico internacional e também atuava na lavagem de dinheiro com carros de luxo e outros bens. O advogado dele, Edgar Luiz Mondadori, disse que César é um empresário que mora há muitos anos em Araguaína e 'tem um nome a zelar'.

"No decorrer deste inquérito policial, vamos comprovar que ele não tem nenhum tipo de participação nesses crimes que estão sendo imputados a ele. Já tem até reportagens colocando ele como chefão do tráfico, sendo que o César é um mero empresário, aonde ele faz vendas e trocas de veículos. Com isso foi cogitado que ele teria alguma participação com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Mas nós iremos comprovar no decorrer desse processo que ele não tem nada a ver com esses crimes que estão sendo imputados a ele", disse Edgar Luiz.


 

O advogado explicou ainda que a defesa já está levantando toda a documentação para que seja apresentada às autoridades e que desconhece a relação do empresário com outro acusado, que está preso.

"A gente não teve acesso à totalidade dos autos do inquérito então desconheço esse nome e até aonde a gente sabe ele não tem envolvimento nenhum. Nós já pedimos habilitação nos autos para que a gente tenha acesso a todos os documentos, à investigação em si, o que que levou a essa busca e apreensão na casa do meu cliente, para que daí a gente possa tomar as providências cabíveis, que é a restituição dos veículos, que são de clientes, de terceiros, não são nem dele", comentou.


O grupo supostamente era chefiado por Paulo Márcio Ribeiro Santos, que está preso desde 2020 após uma apreensão de 800 kg de droga. O advogado dele, Paulo Roberto, disse que a operação vai esclarecer os fatos.
 

“Não tem prova contra ele, mas também não tínhamos ainda condição de saber quem era o dono desses entorpecentes. Com isso eu creio que a polícia vai desvendar tudo isso”, disse.

Durante entrevista, o delegado Allan Reis explicou que o objetivo da operação desta quarta-feira (26) era acabar com a rede de apoio.

“O principal investigado já foi preso pela Polícia Federal de Araguaína. Ele era investigado pela PF de Rondônia, quando foi decretada a prisão preventiva e ele fugiu para o Tocantins. Aqui ele montou toda essa logística e no ano de 2020 a gente fez a prisão dele em decorrência de tráfico de 800 kg de cocaína. Hoje a operação tem o objetivo de desarticular todos aqueles que davam apoio logístico a esse investigado.


Mandados em 13 estados

A operação Rota Caipira foi realizada nesta quarta-feira (26) nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Mato grosso, Piauí, Rondônia, Roraima, São Paulo, Amazonas, Tocantins, Maranhão, Ceará, Goiás.

Foram 195 mandados expedidos pela Justiça, sendo 28 de prisão preventiva e 95 ordens de busca e apreensão em 13 estados. Além do sequestro judicial de três propriedades rurais, apreensão de 16 aeronaves ligadas ao esquema e ordens para bloqueio de valores que podem chegar a R$ 300 milhões dos criminosos.

Durante o cumprimento de um mandado de busca em Goiás a PF fez um vídeo mostrando o momento em que agentes encontraram um tambor cheio de maços de dinheiro na casa de um dos alvos.

A polícia informou que a investigação começou em novembro de 2020, com uma troca de informações entre a Polícia Federal e a Polícia Militar do Pará, após a apreensão de 815 kg de cocaína em Tucumã (PA).

A PF em Araguaína descobriu que a organização criminosa adquiria cocaína fora do país e realizava o transporte através de complexa estrutura aérea até pontos estratégicos localizados nos estados do Pará, Tocantins e Maranhão.

A princípio, o destino final dos carregamentos eram as capitais nordestinas, como São Luís (MA), Teresina (PI) e Fortaleza (CE). A polícia não descarta que a droga também tenha sido enviada para países da Europa por portos da região, mas isso ainda é investigado.

 


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