Uma comitiva do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) estará em Palmas, entre os dias 25 e 27 de outubro, em missão do colegiado para averiguar a escalada da violência letal registrada principalmente contra jovens de regiões periféricas da capital tocantinense. Apenas entre janeiro e maio deste ano, Palmas contabilizou mais de 81 homicídios, quase o total de assassinatos de todo o ano anterior, que foi 92. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado do Tocantins.
Organizações que atuam para a defesa dos direitos humanos no Tocantins observam que a maior parte das mortes ocorrem nos bairros mais pobres de Palmas, atingindo seletivamente pessoas moradoras de periferias, jovens e negras. O CNDH fará escutas e reuniões com movimentos e organizações sociais, além de contato com autoridades, como o Governo do Tocantins e com o procurador-geral de Justiça, Luciano Casaroti.
Na sexta-feira, 27, o último dia da missão, será reservado para a audiência pública “Os desafios da segurança pública e dos direitos humanos no Tocantins”, que ocorre às 14 horas na Defensoria Pública do Tocantins (DPTO). Participam da missão o presidente do CNDH, André Carneiro Leão, e a conselheira Edna Jatobá, além do assessor técnico Marcus Rocha.