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Operação Overclean | Polícia Federal desarticula esquema bilionário de corrupção e prende sobrinho do ex-governador Mauro Carlesse

Entre os presos está Claudinei Quaresemin, sobrinho do ex-governador Mauro Carlesse, apontado como operador regional do esquema que desviou R$ 1,4 bilhão em contratos públicos

- Correio do Tocantins
10/12/2024 17h43 - Atualizado há 3 meses
2 Min
Operação Overclean | Polícia Federal desarticula esquema bilionário de corrupção e prende sobrinho do ex-governador Mauro Carlesse
Claudinei Quaresemin, sobrinho do ex-governador Mauro Carlesse é um dos presos na Operação Overclean

A Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta terça-feira, 10, a Operação Overclean, que resultou na prisão de Claudinei Aparecido Quaresemin, sobrinho do ex-governador do Tocantins, Mauro Carlesse, suspeito de operar o esquema na região. A ação visa desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudar licitações, desviar recursos públicos, praticar corrupção e realizar lavagem de dinheiro.

 

Ao todo, são cumpridos 17 mandados de prisão preventiva, 43 de busca e apreensão e diversas ordens de sequestro de bens nos estados da Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Entre os bens apreendidos estão aeronaves, imóveis de luxo, barcos e veículos de alto padrão. As investigações apontam que o esquema movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 825 milhões em contratos públicos apenas em 2024.

 

De acordo com a PF, a organização criminosa direcionava recursos de emendas parlamentares e convênios para empresas ligadas a administrações municipais, por meio de superfaturamento em obras e desvio de verbas. Um dos órgãos mais afetados foi o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), com foco na Coordenadoria Estadual da Bahia (CEST-BA).
 

A investigação contou com cooperação da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations - HSI). Entre os alvos estão empresários, servidores e ex-dirigentes de órgãos públicos. Conforme a PF, foi determinado ainda o sequestro de R$ 162,4 milhões e o afastamento de oito servidores públicos de suas funções. Os crimes investigados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. As ações seguem com suporte de agentes federais e instituições de controle.


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